Obras da Cadeia Pública de São Félix do Xingu entram na segunda fase
Com área total de 14.661 metros quadrados, as obras da Cadeia Pública de São Felix do Xingu, no sudeste paraense, chegam a 45% de execução nesta semana. Já estão finalizadas as paredes de concreto dos dois blocos de celas da unidade prisional, além de toda a estrutura do bloco administrativo e muralha de contenção. O projeto agora chega à segunda fase, na qual serão feitos os acabamentos.
O novo centro de detenção de São Félix do Xingu vai gerar 128 vagas para o sistema penitenciário. Serão 20 novas celas, com capacidade para doze internos em cada, além de uma cela para portador de necessidades especiais, três celas individuais (para presos com nível superior) e três apartamentos com cama de casal para visitas íntimas. Ao todo, os dois blocos de cela contam com oito alas, todas separadas por eclusas, para trazer mais segurança no atendimento ao preso e evitar motins ou fugas.
A obra da Superintendência do Sistema Penitenciário (Susipe), em convênio com o Departamento Penitenciário Nacional (Depen), conta com recursos do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen), por meio do Ministério da Justiça, e contrapartida do Estado, somando um investimento total de mais de R$ 4 milhões. Os serviços são executados pela empresa MMarrate Construção e Locação Ltda. EPP e a previsão de entrega da cadeia é para dezembro de 2016.
“Agora que passou o período de chuva, o cronograma deve ser seguido sem problemas. Estamos trabalhando para que a unidade possa ser inaugurada e já passe a atender a população no início de 2016. Na terceira fase da obra devemos receber mais um reforço de mão de obra, para que tudo seja finalizado no tempo previsto”, conta o engenheiro e fiscal da obra, Maurício Bouth, responsável pela estruturação da casa prisional.
Atualmente, são 18 funcionários trabalhando na construção da cadeia, entre pedreiros e ajudantes, carpinteiros, armadores e mestres de obra. Pelo menos 35 homens devem compor o quadro de funcionários até a terceira fase do projeto.
"A nova unidade penal irá contar com consultórios médico e odontológico, ambulatório, parlatório, solário com refeitório, salas de secretarias, sala de apoio administrativo, sala para advogados e sala do diretor. O centro também irá dispor de dormitórios para agentes prisionais, alojamento para a Guarda Municipal, seis guaritas que irão auxiliar na vigilância da casa penal, sistema de tratamento de esgoto e de combate a incêndio", informa a gerente da Divisão de Engenharia e Arquitetura da Susipe, Célia Monteiro.
A unidade também adotou o modelo de passarela, no qual o monitoramento do interno é feito pelo agente prisional de um andar superior, de onde ele tem a possibilidade de abrir e fechar celas e eclusas sem o contato direto com o preso, o que garante mais segurança contra possíveis tentativas de fugas ou motins.
Atualmente, 15 novas unidades prisionais já têm obras em andamento, nos municípios de Bragança, Marabá, Paragominas, Santarém, Santa Izabel do Pará, São Felix do Xingu, Tomé-Açu e Vitória do Xingu. Até o fim de 2016, cerca de seis mil novas vagas serão geradas no sistema prisional. Este é o maior investimento estrutural para o sistema penitenciário já feito no Pará.