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Oficinas da Fundação Cultural do Pará passam a atender também o interior do Estado

Por Redação - Agência PA (SECOM)
20/06/2015 10h08

A confecção de biojoias e a criação de produtos em cerâmica podem ser boas fontes de renda para comunidades localizadas no interior do Estado. Pensando nisso, o ensino de atividades como estas – que já era realizado pelo Núcleo de Oficinas Curro Velho –, agora será levado pela Fundação Cultural do Pará (FCP) para 15 municípios em parceria com suas prefeituras. Todas são ofertadas gratuitamente e atendem à realidade de cada comunidade.

“Além das aulas serem gratuitas, os instrutores e os materiais utilizados também são fornecidos pela Fundação. Fica a cargo da prefeitura do município a articulação com as pessoas para a divulgação da atividade e a matrícula dos alunos; além de procurar e ceder o local para a realização das oficinas – uma média de duas por cidade”, explica Deusa Vasconcelos, coordenadora do projeto de oficinas pelo interior do estado.

Este mês começaram a ser atendidas: Abaetetuba, Acará, Cametá, Pacajá, Bujaru, Canaã dos Carajás, Santana do Araguaia, Parauapebas, Tracuateua, Bragança, Peixe-Boi, São Miguel do Guamá, Maracanã, Óbidos e a Comunidade Quilombola de Itacoã Miri. As oficinas ministradas são: dança de rua, teatro, pintura, serigrafia, contação de histórias, escultura, cestaria, biojoia, papel reciclado, cartonagem, percussão, cerâmica e adereços juninos.

As oficinas são de uma semana (30h) ou duas (60h). “Elas são realizadas ao mesmo tempo. Esta é uma ação que iniciamos em maio e tínhamos planejado realizar até junho. Mas este mês acabamos recebendo novas demandas de outros municípios e decidimos estender nossas ações até o final do ano, por volta de novembro e dezembro”, conta Deusa. Uma destas demandas especiais foi o pedido de São Sebastião da Boa Vista, que vai receber oficina de teatro; e do município de Acará, que terá a de informática.

“A demanda sempre parte do município, que solicita e a gente vai articular a realização, encontrar instrutor e ver a possibilidade de atender com as oficinas que eles solicitam. No entanto, também oferecemos algumas de acordo com o que observamos que o município pode trabalhar enquanto geração de renda. Nosso objetivo maior é trabalhar com essa ideia de mão de obra para que o município possa usar isso para melhorar a economia local e para que os alunos depois passem esse conhecimento para outros e isso tome uma continuidade”, finaliza Deusa.

Eunice Franco é uma das facilitadoras que está em Parauapebas ministrando oficinas de “Contação de Histórias”. Seus alunos escolheram abordar a temática do boi-bumbá. “Eles ficaram muito felizes por perceber que era possível produzir suas apresentações com materiais bem acessíveis, apenas precisavam aprender técnicas para dar beleza a eles. Antes, produziam o boi, por exemplo, usando esponja, agora aprenderam a fazê-lo com uma simples caixa de papelão, dessas que se encontra fácil, em qualquer lugar”, conta.

A professora dá aulas para duas turmas: pela manhã, atende a crianças de ensino fundamental do assentamento Palmares; pela tarde, dá aulas para líderes comunitários da região, que atendem a comunidades mais longínquas.

Eunice só tinha ministrado oficinas em Belém e diz ter encontrado outra realidade em Parauapebas. “Existe outro interesse, a gente percebe que as crianças têm bem menos oportunidade de receber atividades como esta; e mesmo nos adultos vemos uma carência grande de acesso a oficinas, do contato com novas técnicas para dar continuidade a seus trabalhos”.