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Programação da Casa da Linguagem lembra os 90 anos de Max Martins

Por Redação - Agência PA (SECOM)
24/06/2015 10h41

Em “O Tao Caminho”, vídeo de Danielle Fonseca, o poeta Max Martins aparece em fotografias, trechos de vídeos caseiros; em sua rede, rindo. “Ainda vêm lágrimas quando o vejo em vídeo”, diz Nazaré Martins, 62, uma das filhas do poeta. Ela acompanhou a programação especial promovida nesta terça-feira, 23, pela Fundação Cultural do Pará (FCP), na Casa da Linguagem, para lembrar o nascimento do poeta, que, se estivesse vivo, completaria 89 anos este mês.

“Eu me senti emocionada ao ver os vídeos que tomam ele como referência, ver trabalhos tão bonitos, perfeitos. O melhor é que são jovens que podiam estar se dedicando a coisas tolas, mas que decidiram se envolver com a arte, a literatura – meu pai adorava isso! Nossa casa sempre esteve de portas abertas ao jovens que desejassem entrar, para chegar até ele”, comentou.

Além de Nazaré, Graça Martins, 65, também filha do poeta, e outros parentes participaram da programação, que iniciou pela manhã e encerrou por volta das 18h, com homenagens diversas no coreto da Casa da Linguagem, instituição da qual Max Martins chegou a ser diretor.

O músico e coordenador de linguagem sonora da FCP, Paulinho Moura, tocou e cantou uma música com letra do poeta, chamada “Maria, Espuma e Praia”. “Muita coragem e honra. Há alguns anos musiquei alguns poemas do Max e agora canto essa música, que estava há muito tempo adormecida”, declarou.

A instrutora de oficinas de texto da Casa da Linguagem, Telma Monteiro, leu trechos de uma entrevista inédita que realizou com o poeta, sentada ao seu lado em um banco dentro da instituição quando este ainda era o presidente da Casa. Sobre o fato de não ter uma formação acadêmica, ele declarou que “o poeta poderia se perder empolgado com tantas teorias”; e sobre a inspiração, afirmou sempre desconfiar desta – “Pra mim a arte nasce do esforço”, declarou Max.

Alunos da oficina “Teatro e Literatura”, da Casa da Linguagem, realizaram uma performance envolvendo a declamação de poesias de Max Martins. O instrutor da oficina, Alexandre Rosendo, explicou que a programação foi toda baseada nos poemas do autor paraense. “Foi algo muito bacana porque muitos desses jovens nunca tinham tido contato com o teatro, nem com a poesia do Max”.

Pela manhã, funcionários da Casa da Linguagem declamaram poemas no coreto que tem o nome do poeta e se emocionaram com as boas lembranças de Max Martins. Uma delas Célia Ribeiro, que trabalhou mais de 10 anos com o poeta. “A emoção é uma coisa indescritível. É uma emoção muito grande falar de alguém que você viveu, conviveu com aquela pessoa, linda e maravilhosa que foi o Max Martins”,  conta.

Já a coordenadora de literatura e expressão de identidade da FCP, Elaine Oliveira, destacou que a programação foi apenas o início de outras. “Ela é um pontapé para o início de uma série de ações que vamos realizar ao longo do próximo semestre, já visando uma grande homenagem aos 90 anos do Max, comemorados em 2016. Queremos organizar publicações, oficinas, mostras e muitas outras atividades que levem a obra do Max ao maior número de pessoas possível”.