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Cães treinados reforçam segurança em unidades prisionais da Susipe

Por Redação - Agência PA (SECOM)
07/08/2015 17h30

A Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado (Susipe) conta, na segurança de unidades prisionais, com o reforço de cães. Atentos, ágeis e companheiros, os cachorros ajudam os agentes penitenciários na vigilância de centros de detenção na Região Metropolitana de Belém, como o Centro de Recuperação Penitenciário Pará II (CRPP II), no Complexo Penitenciário de Santa Izabel. Os animais, que são treinados para agir em situações de risco, ajudam a evitar fugas nos presídios.

Com 14 cães, o CRPP II já usa há alguns anos o suporte canino. “Hoje, o trabalho dos cães é de extrema importância, haja vista que já foram evitadas diversas tentativas de fugas com o auxílio deles. Em uma delas, quando o preso se escondeu numa área fechada do lado de fora do bloco carcerário, o cão ficou na porta impedindo a saída do interno e latiu para alertar os policias que estavam na guarita frustrando a fuga”, conta o vice-diretor da casa penal, Emerson Neves.

Na unidade, os animais trabalham em dupla, espalhados em cinco áreas cercadas, entre o bloco carcerário e a muralha do presídio. A vigilância é feita 24 horas por dia, e os cães revezam o monitoramento por turno: enquanto um grupo trabalha, os demais descansam no canil. O espaço é mantido sempre limpo para garantir a saúde da equipe de segurança.

O treinamento dos cães é feito pelo agente penitenciário Nilton Assunção, que já está na Susipe há 17 anos e adquiriu os conhecimentos sobre treinamento quando trabalhou no canil da Polícia Militar. O agente cuida de dois pit bulls, uma fila, um dogue alemão e seis rottweilers, um deles filhote.

“É um trabalho que eu faço com satisfação e que contribui bastante para segurança da casa penal. Percebi que consegui conciliar o útil ao agradável. Sinto um amor muito grande por eles. Quando eles ficam doentes, por exemplo, é como se eu adoecesse junto, porque sofro, fico preocupado, tento buscar de todas as formas uma solução para curá-los daquela enfermidade. São meus filhos”, diz o adestrador. Para manter a qualidade de vida dos animais, o agente sempre coloca em dia vacinas, vermífugos, vitaminas, além de garantir uma boa alimentação aos cães.

O treinamento tem três etapas. A primeira delas é condicionar o cachorro a atender aos comandos e fazê-lo entender que ele tem um líder. A segunda fase é o condicionamento físico, na qual o cão faz treinamentos de corrida e exercícios. Já a terceira etapa é a preparação do animal para tomar determinadas atitudes em situações suspeitas, como latir e até mesmo atacar para impedir uma fuga. Além de ambiente limpo e todos os cuidados para manter a boa saúde dos cães, Nilton também não dispensa carinhos e brincadeiras.

A Susipe conta também com a segurança feita por cães em outras unidades prisionais, como os Presídios Estaduais Metropolitano I, II e III, no Complexo Penitenciário de Marituba, que têm, ao todo, dez cachorros, e a Central de Triagem Metropolitana II, que conta com o reforço de dois cães. "Os cachorros são fundamentais no apoio às nossas equipes de monitoramento e vigilância. Nos presídios, o melhor amigo do homem também é um bom companheiro de guarda", finaliza Nilton.