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Cooperativa de detentas participa da V Feira do Artesanato Mundial

Por Redação - Agência PA (SECOM)
29/08/2015 18h37

A Cooperativa de Trabalho Arte Feminina Empreendedora (Coostafe), a primeira do Brasil formada exclusivamente por detentas do Centro de Recuperação Feminino (CRF), em Ananindeua, participa, até este domingo 30, da 5ª edição da Feira do Artesanato Mundial (FAM). O evento, realizado no Hangar Centro de Convenções da Amazônia, iniciou no último sábado, 22.

Com mais de 300 estandes espalhados pela Feira, que expõem artesanatos do Brasil e do mundo, os artigos da Coostafe podem ser encontrados no estande do estado do Pará, montado pelo Núcleo de Articulação e Cidadania (NAC), em parceria com a Superintendência do Sistema Penitenciário (Susipe), da Fundação de Atendimento Socioeducativo do Pará (Fasepa) e da Fundação Curro Velho.

A agente prisional Andreza Almeida, é quem faz as vendas que serão totalmente revertidas para a Cooperativa. “Temos vendido bastante em todos os dias do evento, apesar de que em dia de semana o movimento é um pouco menor. A expectativa é de que no final de semana as vendas aumentem, o que vai trazer muitos benefícios para as internas”, contou Andreza.

Quem visitar o espaço poderá encontrar tapetes feitos à mão, garrafas decorativas, puffs feitos de pneus, canetas personalizadas e ponteiras, relógios, bonecas de pano, porta-joias, peso para porta, abajures e almofadas. Mais de 60 mil visitantes já passaram pela Feira, e a expectativa até o final da exposição é de que 100 mil pessoas passem pelo local.

Fã de artesanato e trabalhos manuais, a professora, Alcione Melo, ficou encantada com o trabalho feito pelas detentas. “Adoro artesanato e estou achando tudo muito bonito. A arte que elas fazem é perfeita e quando soube que as coisas foram feitas por mulheres presas, achei mais importante ainda, porque além de estar realizando uma atividade que pode se tornar um ofício, elas utilizam materiais que iam para o lixo e os transformam em lindos objetos. O meio ambiente agradece e eu também. Já estou até olhando para produzir algo parecido com meus alunos”, afirmou a professora.

A FAM deve gerar mais de R$ 6 milhões em vendas, além de movimentar o turismo na capital do Estado e o setor hoteleiro. O evento é promovido pela empresa brasiliense Charph em parceria com o Governo do Estado e com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A entrada é franca para crianças de até 12 anos e pessoas a partir de 60 anos. Para os pagantes o valor é de R$8 a inteira e R$4 a meia.

Os estandes internacionais contam com peças vindas da Turquia, Coréia, Rússia, Índia, Paquistão, Senegal, Síria, Tailândia, Indonésia, Japão, Bolívia, França, África do Sul e Quênia. Já os produtos nacionais vêm de Belo Horizonte, Tocantins, Amazonas, Pernambuco, Goiás, Distrito Federal e Pará.

Coordenador do evento, Everton Silva, acredita que a feira é uma vitrine importante, principalmente para os produtos regionais. “Essa feira representa um volume de vendas muito grande, tanto para os artesãos como para o Pará, tanto nas vendas diretas quanto nas indiretas, que permanecem mesmo depois que o evento acaba, e quem ganha com isso é o Estado. E o mais importante é o contato que é feito de artesãos do interior que têm seu trabalho visto e contratado por grandes empresas”, considerou.