Oficina na Casa das Artes une fotografia e arte como forma de inclusão social
A Fundação Cultural do Pará, por meio da Casa das Artes, inicia nesta terça-feira, 1, o programa socioeducativo “Acessibilidade e Arte: tudo a ver”, voltado para pessoas com deficiência. Serão realizadas diversas ações que envolvam as linguagens artísticas.
A primeira ação do programa será realizada até o dia 3 de setembro, com uma oficina e mesa redonda que terá como tema a fotografia trabalhada com a pessoa surda. A realização do evento é uma parceria da Associação Fotoativa (Belém) e Fotolibras (Recife). A turma desta primeira oficina será mista de ouvintes e surdos e tem como tema principal a sensibilização.
Segundo a diretora de Artes da Fundação Cultural do Pará, Célia Jacob, a arte é um instrumento maravilhoso para fazer o trabalho de inclusão. “Nós trouxemos a fotografia para arte, com um campo de sensibilização para esse acesso. Mas nós pretendemos seguir esse projeto, queremos incluir outras artes, a música, o teatro, a literatura, escultura, design, gastronomia. Todas essas linguagens artísticas são instrumentos da arte para a inclusão”, comenta.
A oficina de Fotolibras será realizada para 15 participantes entre eles pessoas surdas, educadores, artistas, entre outros. Uma das instrutoras será Vládia Lima, fotógrafa e educadora e atualmente integra a equipe do Fotolibras – Projeto de Fotografia Participativa com Surdos. Vládia irá ministrar a oficina “Pincel de Luz”. A fotógrafa conta que é uma oportunidade única a realização da oficina. “Espero que seja uma semente do Fotolibras aqui no Pará e que sejam realizadas várias ações, a partir desta oficina”, pontua.
Parceiros – A realização do projeto tem parceria com Uepa (Universidade do Estado do Pará), Associação Fotoativa, Seaster (Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda), Seduc (Secretaria de Estado de Educação), Associação dos Surdos de Belém, entre outras.
Projeto Fotolibras – É um projeto de fotografia com jovens surdos cujo objetivo é de utilizar a fotografia como meio de expressão, aumentando a visibilidade e a inclusão da comunidade surda na sociedade. A visão do projeto FotoLibras é uma sociedade que vive a cultura da paz, sem preconceitos e sem barreiras, que respeita e valoriza as diferenças, onde o uso universal das línguas de sinais garante a comunicação livre entre as pessoas e há acesso à produção e consumo cultural para todos.
Programação – No dia 4 de setembro, a partir das 14h, no auditório da Casa das Artes, haverá a inscrição e a realização da oficina “LibrArte”, com apresentação dos sinais básicos da Língua Brasileira de Sinais, sinais de identidade, expressões faciais retratados em temas cotidianos. São ofertadas 40 vagas para essa oficina.
