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Diálogos Intermitentes da FCP prepara técnicos para atender diferentes públicos

Por Redação - Agência PA (SECOM)
11/09/2015 12h28

Ao se tornarem técnicos e instrutores de uma instituição tão abrangente como a Fundação Cultural do Pará - FCP, muitos profissionais se deparam pela primeira vez com o desafio de atender e até mesmo ser orientador de pessoas das mais diferentes classes sociais, idades, condições físicas e mentais. Sabendo o quão delicadas são estas questões, a FCP montou uma programa específico para preparar melhor o profissional antes de seu contato com o público, com o projeto intitulado "Diálogos Intermitentes".

Promovido pelo Núcleo Psicossocial da Fundação Cultural do Pará, o projeto "Diálogos Intermitentes"  teve seu primeiro módulo realizado entre os dias 9 e 10 deste mês, com a temática “Enfrentamento de Violências entre crianças e adolescentes”. A ideia geral do projeto é incentivar a discussão acerca da importância de compreender o universo infanto-juvenil e suas questões mais atuais, como a violência e suas várias expressões; os transtornos mentais; o autismo; a síndrome de down e outras especificidades que acabam fazendo parte da diversidade de situações onde estes profissionais atuam.

O ministrante Alex Pantoja, instrutor das oficinas de desenho, acredita que a própria linguagem do desenho ajuda nessa relação e repasse de conhecimento aos alunos que necessitam de atenção especial. “Facilita porque assim você e ele não dependem só da linguagem verbal; o aluno não precisa dizer o que está sentindo, ele mostra isso através do desenho que escolhe, das cores. O que nós precisamos é aprender a ler isto, a entender o que ele quer nos passar e saber como ajudá-lo”, diz o oficineiro, ressalto a importância da troca de experiências dentro do Diálogos Intermitentes.

Para trabalhar a temática desenvolvida no primeiro módulos, estiveram presentes representantes do Ministério Público Estadual e Secretaria de Estado de Saúde - Sespa. A assistente social dos dois órgãos, Jandira Miranda, foi uma das palestrante do projeto. De acordo com ela, muitos dos profissionais participantes do Diálogos, já construíriam um "saber lidar com essas diversas situações no próprio dia a dia. O fato do trabalho artístico envolver criatividade, expressão e desenvolvimento de identidade, é capaz de quebrar estereótipos sociais. Inclusive, esse é um papel desses profissionais, mostrar a essas pessoas, que chegam à Instituição, que a arte é um caminho para suas vidas”, acredita a assistente social.   

A temática desenvolvida no primeiro módulo, foi escolhida a partir de pesquisas como a do Sistema Único de Saúde, SUS, que indica que no Brasil, entre 2009 e 2013, foram registrados pelo setor de saúde mais de 60 mil casos de violência sexual contra crianças e adolescentes, com idade entre 1 e 19 anos. “O enfrentamento dessas formas de violência envolve esforços multidisciplinares, intersetoriais, interinstitucionais e multiprofissionais”, referenda a assistente social do Curro Velho, Daniella Castilho.

Os próximos módulos dos Diálogos Intermitentes serão realizados até o final deste semestre.