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HOMENAGEM

Fasepa reúne jovens em programação pelos 399 anos de Belém

Por Redação - Agência PA (SECOM)
12/01/2015 17h18

Os adolescentes internos que cumprem medida socioeducativa na Unidade de Atendimento Socioeducativo (Uase) de Ananindeua, na região metropolitana de Belém, participaram nesta segunda-feira (12) de programação comemorativa pelos 399 anos da fundação de Belém. Além de despertar valores voltados à cidadania, o objetivo é que os jovens conheçam, valorizem e se integrem à história da capital paraense, por meio da diversidade artística e cultural que compõe a identidade do povo belenense.

A programação teve apresentações de carimbó feitas pelos socioeducandos, pintura em tela, dança, declamação de um poema a Belém e visita monitorada ao centro histórico e comercial da capital paraense, que ocorreu na última sexta-feira (9). As ações foram idealizadas de forma contextualizada e interdisciplinar. Os jovens aprenderam sobre a temática a partir da musicalização, atividades pedagógicas e artes visuais.

Segundo a gestora da Uase Ananindeua, Sônia Cabeça, um dos objetivos é reaproximar a cidade dos jovens da capital e região metropolitana e apresentá-la ainda aos jovens de outros municípios do interior do Estado. “Nada mais justo que cantar parabéns a Belém, cantar a nossa chuva, celebrar a nossa baía do Guajará, a Cidade Velha, o Mercado do Ver o Peso, o nosso povo, a nossa gente”, disse.

Entre os jovens que homenagearam a cidade, um chamou atenção pela maneira carinhosa e singela com que retratou o balneário de Outeiro, situado a 18 quilômetros de Belém. Ele fez uma pintura em tecido com a praia e a vegetação do local emoldurando o cenário. Para o jovem, o cenário traz lembranças, pois era um dos locais que ele visitava quando não estava privado da liberdade.

“Conhecer e cuidar do patrimônio histórico e cultural da cidade é uma forma de autoconhecimento e de afirmação da identidade de um povo”, disse o arte educador João Paulo, da Fundação de Atendimento Socioeducativo do Pará (Fasepa), durante as aulas para sensibilizar os jovens para que eles não danifiquem e depredem o patrimônio público.

“Há muitos jovens que ainda se expressam por meio da pichação, e buscamos passar para eles que é possível encontrar outras maneiras de se expressar, como, por exemplo, por meio do grafite. Ao invés de agredir visualmente a comunidade, o grafite possibilita que se assine a sua arte e saia do anonimato. Dentro dessa relação, o adolescente vê que é possível trazer algo de positivo e agregar algo que possa embelezar a cidade”, ressaltou o arte educador.