Santa Casa conta com serviço de referência para doenças renais
O Dia Mundial do Rim é lembrado nesta quinta-feira, 12, e a Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará conta com um serviço de referência para tratar doenças renais. O Centro de Terapia Renal Substitutiva Pediátrica tem um atendimento que envolve crianças e adolescentes de até 18 anos e é amplo: nefrologia pediátrica, hemodiálise pediátrica, ambulatórios, enfermarias e interconsultas.
O serviço de hemodiálise foi inaugurado em outubro de 2012, como explicou a médica Monick Calandrini Rodrigues, atual gerente do setor. “A nossa capacidade de atendimento é de 32 vagas de crianças em programa de hemodiálise crônica. É um programa fixo: a criança comparece três vezes na semana para realizar o tratamento, divididos em dois grupos”, explicou.
A dona de casa Márcia Lopes, moradora de Belém, descobriu que o filho tinha a doença há aproximadamente nove meses. Desde então, ele realiza hemodiálise na Santa Casa três vezes por semana. “Aqui tive informação para ter segurança sobre o problema do meu filho. Não sabia nada da doença, até que aconteceu na minha própria família. Foi ótimo ter encontrado orientação de uma equipe de médicos, enfermeiros, nutricionistas e outros, que me ajudaram a entender o momento do meu filho”, disse.
A Santa Casa disponibiliza um atendimento multiprofissional para a criança em sua complexidade. No total, são 32 profissionais, entre eles sete médicos, quatro enfermeiros, 11 técnicos em enfermagem, duas terapeutas ocupacionais, uma psicóloga, dois nutricionistas, dois assistentes sociais, um administrador e dois agentes de práticas.
A assistência de profissionais da saúde de várias áreas é um detalhe ressaltado pela enfermeira Alessandra Moraes. “O meu maior desafio é entender a natureza dos nossos atendimentos. Entender as dificuldades da família em compreender o que é necessário fazer, por isso, trabalho em conjunto com as assistentes sociais”.
Também há o entendimento que, além da assistência médica, é necessário um atendimento específico que considere a criança como tal. Uma das terapeutas ocupacionais do setor é Fernanda Lobato, que trabalha há três anos na instituição. “Considerando a minha atuação profissional, acredito que o meu trabalho é para dar às crianças e, consequentemente, à família, uma autonomia. Criamos atividades lúdicas para proporcionar um lazer, mas esse lazer está relacionado ao estímulo e desenvolvimento educacional”. Recentemente, por exemplo, foram realizadas gincanas, levantando temas sociais, como a consciência de uma boa alimentação.
De acordo com Monick Calandrine, o Centro de Terapinha Renal Substitutiva da Santa Casa está capacitado para cumprir o lema da campanha do Dia Mundial do Rim, que é: "Rins Saudáveis". “Está se discutindo uma campanha que explicita prevenção. O desafio é mensurar os riscos da doença e os fatores que levam ao problema renal. A gente nota que os pais e as mães demoram para perceber que aquela situação, aquela patologia, pode levar à perda da função renal”, ressaltou a médica.
Na Santa Casa, além da realização de hemodiálise, há um total de 200 atendimentos ambulatoriais por semana, com médicos especializados e treinados para alertar e evitar que o problema renal se estabeleça. Infecções urinárias, síndromes nefróticas e doenças sistêmicas, como lúpus, podem levar à insuficiência renal.