Santa Casa promove aula inaugural da Classe Hospitalar
A aula inaugural da Classe Hospitalar da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, nesta quinta-feira, 12, realizada na estrutura do prédio centenário da instituição, teve roda de bate-papo formada para pequenos relatos de experiência, inclusive com a presença da presidente da Santa Casa, a médica Rosangela Brandão Monteiro, que ressaltou a importância do projeto para a instituição.
A classe hospitalar é um auxílio ao tratamento para os usuários do hospital que utilizam as alas da pediatria, hemodiálise pediátrica e o ambulatório do prematuro. O projeto também se estende ao Espaço Acolher, que abriga as vítimas de acidente de escalpelamento, sendo uma extensão do Programa de Atendimento às Vítimas de Escalpelamento (Paives).
A pedagoga da Santa Casa, Roselene Gonçalves, explicou que a Classe Hospitalar foi implantada há mais de cinco anos na Fundação, contando com um convênio mantido com a Secretaria de Educação do Pará, com apoio da Universidade do Estado do Pará. De acordo com ela, o projeto colhe resultados significativos na instituição, influenciando até a diminuição do tempo dos tratamentos.
“As atividades educacionais são oferecidas para as crianças regularmente, afinal, a continuidade da escolarização é um direito. A criança que está internada não pode interromper os seus estudos só porque está em situação de adoecimento”, disse.
“Está mais do que comprovado que, mesmo quando está enferma, a criança continua aprendendo. E as atividades de escolarização fazem, inclusive, com que elas se recuperem de forma mais rápida. São atividades cognitivas, afetivas e sociais, que têm o poder de fazê-la ficar mais feliz, alegre e produtiva, favorecendo o tratamento, diminuindo até o tempo de internação hospitalar”, concluiu.
Deuzanilce Batista, vice-diretora do anexo I da escola Barão do Rio Branco, que atende a Classe Hospitalar, participou da aula inaugural e comentou a extensão do projeto. Deuzanilce citou outras classes hospitalares que o Estado mantém, principalmente, no Hospital Metropolitano, Hospital de Clínicas e Ophir Loyola. “A missão da classe hospitalar e atendimento domiciliar é cuidar do aluno em situação de adoecimento, seja temporário ou permanente. O aluno não pode perder esse vínculo, então, a classe hospitalar cria possibilidades de retorno a uma vida dita normal, sem a questão do atendimento”.
Ivonete Bentes, cujo filho nasceu na Santa Casa e utiliza o serviço do ambulatório de prematuro, falou sobre a importância da Classe Hospitalar para o aprendizado do seu filho. “Percebo que as atividades são importantes para ele compreender algum aspecto da vida cotidiana. Meu filho utiliza a classe hospitalar quando está no hospital e isso faz com que a presença dele aqui na Santa Casa seja algo produtivo e não algo doloroso”.