Programação de Páscoa integra jovens atendidos pela Fasepa
As celebrações da Páscoa deram o tom da programação realizada junto aos adolescentes que cumprem medidas socioeducativas na Fundação de Atendimento Socioeducativo do Pará (Fasepa). Nesta terça-feira, 31, o Centro de Adolescente em Semiliberdade (CAS) e a Unidade de Atendimento Socioeducativo (UASE) de Ananindeua promoveram diversas apresentações artísticas e religiosas alusivas à data, integrando os jovens, seus familiares e servidores.
A pedagoga da UASE Ananindeua, Mônica Figueiredo, explica que por se tratar de uma data repleta de simbolismos, a Páscoa abre espaço para que a equipe de pedagogos da Fasepa possa trabalhar as aptidões e potencialidades dos jovens a partir do seu interesse pelas atividades. “A partir das atividades artísticas procuramos estimulá-los a fazer uma nova leitura de mundo, a refletirem sobre suas ações. A arte e a cultura tem a capacidade de auxiliar nessa mudança e favorecer escolhas mais positivas”, assegura.
Produção de artesanato, apresentações musicais, exibição de vídeos contendo mensagens de amor, fé e esperança, além da tradicional encenação da Paixão de Cristo, foram algumas das práticas desenvolvidas pelos internos durante a programação nas unidades socioeducativas. Os familiares dos internos também foram integrados às atividades, que procuraram respeitar as diferentes vertentes religiosas.
Um dos adolescentes atendidos na UASE Ananindeua, de 16 anos, que cumpre medida socioeducativa de semiliberdade, se apresentou junto com o coral formado especialmente para celebrar a data. Para ele, atividades como essa ajudam a fortalecer os vínculos de amizade entre os jovens e também com as famílias. “Essa foi a nossa primeira apresentação e foi uma experiência muito legal. Durante os ensaios a gente procurava se ajudar na hora das músicas, pra garantir que a nossa apresentação fosse a melhor possível", destacou.
A mãe do jovem, umas das mais presentes e participativas da programação, diz que tem sido recompensador ver a mudança do filho, assim como a de outros jovens que decidiram encarar as medidas socioeducativas não como punição, mas como um recomeço. "Fico feliz em ver que eles se mantém firmes na vontade de mudar, assim como as famílias, que não desistiram dos seus filhos. “Eu recebo elogios das pessoas pelo esforço dele em querer melhorar a cada dia. E tenho certeza que muitos desses garotos também querem uma nova chance pra fazer tudo diferente. Vai ser difícil ficar sem a presença dele nessa Páscoa, mas eu sei que ele precisa passar por isso para aprender a dar valor às coisas”, ponderou.