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Récita de estreia de Don Giovanni lota Theatro da Paz no XVI Festival de Ópera

Por Redação - Agência PA (SECOM)
14/09/2017 00h00

O centenário Theatro da Paz ficou lotado nesta quarta-feira, 13, para a estreia de “Don Giovanni”, no XVI Festival de Ópera do Theatro da Paz, que também apresentará récitas nos dias 15, 17 e 19. O espetáculo tem a direção cênica de Mauro Wrona e direção musical e regência do maestro Silvio Viegas. O evento é uma realização da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), com patrocínio do Banpará e da rede de supermercados Líder.

Don Giovanni é um homem sedutor e que se relaciona com várias mulheres. A ópera do compositor austríaco Wolfgang Amadeus Mozart teve a primeira apresentação no Teatro di Praga, especializado em ópera italiana (atualmente chamado de Teatro dos Nobres), em 29 de outubro de 1787, há 230 anos. A reunião de cenas dramáticas e cômicas em um só espetáculo fez Mozart a definir como "opera buffa" em seu catálogo.

O diretor artístico do Festival, Gilberto Chaves, explica que 40 dias antes da estreia de Don Giovanni, que seria nesta sexta-feira, 15, não havia mais ingressos e por isso foi criada mais esta récita, para satisfazer a um público maior. “Tivemos que aumentar o ritmo dos ensaios para poder fazer uma récita extra, que também está lotada. A cultura no Pará é ampla, vai do carimbo ao boi bumbá, aos pássaros juninos, da nossa música popular às óperas. Temos público para todos os aspectos da cultura”.

O público presente ao Da Paz pode se deleitar com 30 cenas, passadas em dois atos. No palco, cenários como paredes que se movem durante as cenas e projeções em vídeo. A ópera tem como enredo a vida de Don Giovanni, um famoso conquistador, e foi inspirada numa popular lenda medieval, a do personagem Don Juan Tenório, uma espécie de anti-herói retratado em 1630 por Tirso de Molina, na obra El Burlador de Sevilla. Até hoje o termo “Don Juan” serve como inspiração para diversas outras linguagens artísticas, como aquele que tem todas as mulheres a seus pés.

Público

A professora aposentada Eunice Mourão confessa que ama o Festival de Ópera e todos os anos faz parte do público que lota o Da Paz. “Mozart é um excelente compositor, eu amo, e os espetáculos do Festival têm sempre me surpreendido. Esta é uma excelente oportunidade para quem ama ópera e não tem que se deslocar até outros estados e países para poder assisti-las”, ressalta.

O estudante de Medicina, Rafael Ramos, 20 anos, apesar da pouca idade, é um obcecado pela arte clássica e pela primeira vez conseguiu driblar os estudos para ir ao Festival. “Eu aprecio desde muito cedo as óperas e como estudo muito quase não tenho tempo para vir ao teatro, mas agora reuni uns amigos e estamos com muita expectativa quanto aos espetáculos e aos artistas que estão se apresentando”, comenta.

A farmacêutica Ana Maria Leão, 74 anos, foi procurar a dramaticidade no espetáculo Don Giovanni. “Eu frequento todo ano o festival. O ano passado eu assisti Turandot e foi maravilhoso. Este ano eu quero me deleitar com a obra de Mozart e a dramaticidade de Don Giovanni”, disse.

Já o administrador Miguel Miranda, 26 anos, que também é produtor cultural, diz ter sensibilidade para apreciar desde o rock metal ao clássico. “As obras de Mozart sempre contribuem muito para a musicalidade do público jovem que aprecia a boa música. Eu percebo que o próprio metal tem uma relação muito próxima com o clássico. Eu agradeço por ter a oportunidade de poder apreciar uma obra desta qualidade”, destaca.

Interpretam os personagens principais os cantores Homero Velho (barítono), como Don Giovanni; Marina Considera (soprano), como Donna Anna; Dhuly Contente (soprano), como a camponesa Zerlina; Kézia Andrade (soprano) como a amante Donna Elvira; o espanhol Silverio de La O (baixo barítono), como o criado Leporello; Aníbal Mancinni e Antônio Wilson (tenores) como Don Ottavio; Anderson Barbosa (baixo) como Commendatore, pai de Donna Anna; e Idaías Souto (barítono) como Masetto.