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Representantes de cooperativas minerais visitam o Espaço São José Liberto

Por Redação - Agência PA (SECOM)
29/04/2015 19h06

Visitaram o Espaço São José Liberto (ESJL) – Polo Joalheiro do Pará, na última terça-feira, 28, cerca de 20 representantes de cooperativas minerais do todos os Estados do Norte e demais participantes do I Seminário do Ramo Mineral Cooperativista da Região Norte, que ocorreu nos dias 27 e 28, no Hotel Beira Rio, com promoção do Sistema OCB/ Sescoop-PA (Sindicato e Organização das Cooperativas Brasileiras do Estado do Pará e Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo do Pará).

A visita foi monitorada por Emilly Furtado e Dina Mesquita, técnicas do Instituto de Gemas e Joias da Amazônia (Igama), organização social que gerencia o ESJL, mantido pelo governo do Estado, por meio do Igama e da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme). O Museu de Gemas do Pará, a Capela São José, o Jardim da Liberdade, as lojas de joias e gemas, o Coliseu das Artes e a Casa do Artesão do São José Liberto foram alguns dos locais visitados pela comitiva.

Para José Vanderlande Rodrigues, técnico em Desenvolvimento em Cooperativismo e Monitoramento da Sescoop-PA e um dos coordenadores do seminário, o território do ESJL, experiência única no mundo ao reunir setores criativos diversos, com destaque para a cadeia produtiva da joalheria, é uma importante vitrine para a atividade mineradora. “O espaço retrata uma atividade essencial para o país e mostra de uma maneira didática um olhar correto sobre a atividade. Por isso trouxemos o grupo, para mostrar que é possível implantar um espaço como esse nos municípios mineradores para esclarecer a população sobre a importância da mineração”, disse.

“O Brasil nos surpreende a cada dia. Sou do Sul e estou encantado com o que vi no Museu de Gemas do Pará. Parabéns!”, completou Sérgio Pagnan, presidente da Cooperativa de Exploração Mineral de Morro da Fumaça (SC) e conselheiro do Ramo Mineral na OCB Nacional, do qual 78 cooperativas do segmento mineral são filiadas.

Encontro - José Wanderlande Rodrigues explicou que o evento teve como objetivo elaborar uma agenda mínima de desenvolvimento integrado do ramo de mineração no Estado, observando o Plano Nacional de Mineração 2030 (PNM – 2030) e reunindo representantes de OCBs de todos os estados da região Norte e de outros Estados brasileiros, como Santa Catarina e Mato Grosso do Norte. O Sistema OCB Nacional também chamou para integrar a discussão órgãos competentes das esferas pública e privada, como a Sedeme, o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPN) e o Serviço Geológico do Brasil (CPRM).

“O foco do evento é criar uma agenda mínima positiva de ações desenvolvidas tanto pelos garimpeiros quanto pela instituição representativa, que é a OCB no Pará. Com base nessas discussões e oficinas cada um sairá daqui com o papel pré-definido do que vai fazer em 2017, quando vai acontecer a outra etapa do seminário”, ressaltou Vanderlande.

“Nosso desafio é formalizar as cooperativas associadas e inserir no Sistema OCB mais 110 cooperativas que não estão no sistema. Cada encontro que nós participamos é um avanço e esse é um dos melhores encontros porque estamos encontrando retaguarda de uma instituição nacional de respeito, que é a OCB, para irmos, juntos, em busca da legalidade de quem ainda não está legalizado e, em conjunto, termos uma pressão maior perante os órgãos que nos atendem”, destacou Sérgio Pagnan.

Etevaldo Arantes, representante estadual de Mineração junto à OCB-PA e conselheiro do Setor Consultivo da OCB Nacional, lembrou que a realização do encontro foi uma pauta pensada por muitos anos com o intuito de dar maior dinâmica ao setor mineral da pequena mineração, principalmente o cooperativismo: “Esse é um grande passo para que a gente possa, além de organizar o setor, ajudar a inserir no marco regulatório coisas que venham beneficiar o pequeno minerador e acelerar nosso crescimento”.  

Coordenador de Economia Mineral da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), Marco Antônio Silva Lima, reitera a atuação do Polo Joalheiro do Pará como uma excelente mostra da possibilidade de verticalização da cadeia produtiva, no âmbito dos metais preciosos e gemas. Ele observou que a Sedeme trabalha para aprimorar a integração entre os setores de produção de metais e o de elaboração dos produtos. "Nosso objetivo é ligar a fabricação de joias, que é feita aqui, com a produção de metais dos municípios. Além disso, a secretaria tem como planejamento para este ano de 2015 levar a atividade de formação profissional de joalheiro para outras regiões do Estado, centrando o processo em cidades polos, a exemplo de Itaituba e Parauapebas, respectivamente, no oeste e sudeste paraenses'', declarou o coordenador da Sedeme.