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Hospital Ophir Loyola recebe apresentação especial de bailarinos russos

Por Redação - Agência PA (SECOM)
18/06/2015 12h21

A presença da companhia Russian State Ballet modificou a rotina do hospital Ophir Loyola na noite desta quarta-feira, 17. Crianças e adolescentes em tratamento contra o câncer assistiram a um trecho do espetáculo “O Lago dos Cisnes”, sob direção do coreógrafo Viacheslav Gordeev. A apresentação encantou os pacientes que conheciam a história no formato de conto popular infantil e desenho animado, mas assistiram uma encenação de balé clássico pela primeira vez.

O despertar de emoções, a leveza e a riqueza de detalhes nas coreografias impressionou Lucas Xavier, 12 anos, que aguarda por uma cirurgia no cérebro. Morador do município de Bujaru, ele afirmou não existir muitas opções de lazer onde reside. “Não imaginava que podia ser algo tão bonito assim”, disse. O pai, José Maria, 58 anos, é agricultor e também elogia a iniciativa. “É ótimo ter algo para distrair e aliviar a preocupação enquanto estamos aqui”.

O lago dos Cisnes narra a história de Odette, transformada em cisne por uma maldição de um feiticeiro, até ser resgatada por um homem que jurasse amor eterno. O conto é bem conhecido por Jéssica Sousa, 17. “Passamos muito tempo no hospital e trazer de volta um pouco da minha infância com algo que realmente me identifico relaxa e colabora muito com a aceitação do tratamento”, afirmou.

As ações de lazer e entretenimento são realizadas de forma contínua no hospital, para diminuir o estresse e as mudanças na vida social dos pacientes. O Ophir Loyola já recebeu modelos internacionais como Izabel Goulart, a Miss Brasil 2011, Priscila Machado; cantores e jogadores de futebol, todos engajados na luta contra o câncer. Dessa vez a apresentação do Ballet Nacional Russo contou com a parceria da Associação Voluntariado de Apoio à Oncologia (Avao) e Bis Produções.

“Trazer artistas que vêm mostrar um pouco da cultura do seu país através da dança é algo surpreendente e diferente para os pacientes. Especial mesmo é perceber o olhar atento aos detalhes da apresentação”, destacou Sandra Maria Nascimento, vice-presidente da Avao.

A psicóloga Laídes Barros ressalta que a vivência do mundo externo é essencial  para que a criança seja reconhecida no seu universo infantil. “A internação provoca certo desligamento da vida social. Atrações como essa, em um ambiente hospitalar, atenuam a sensação de exclusão de tudo aquilo que o doente vivenciava quando estava em bom estado de saúde”.