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Projetos voltados para a leitura e ressocialização de jovens chamam atenção do público em feira

Por Redação - Agência PA (SECOM)
21/06/2015 10h43

O Núcleo Articulação e Cidadania (NAC) apresenta, na quarta edição da Feira Expô Eventos 2015, o resultado de vários projetos sociais que apoia. Entre eles estão o Livro Solidário, o Mercado Curro Velho e o Terra Viva, desenvolvidos pelos órgãos de Governo.

Coordenado pela Imprensa Oficial do Estado, o projeto social Livro Solidário, desde 2011 vem estimulando a leitura em várias comunidades e escolas da Região Metropolitana de Belém, o que já resultou na implantação de seis Espaços de Leitura e doação de aproximadamente 13.500 livros para mais de 30 instituições.

Na Feira, o público tem procurado o estande do NAC para conhecer as atividades de estímulo à leitura. Segundo Ângela Rodrigues, uma das responsáveis por apresentar as ações do Livro Solidário, as crianças têm demonstrado o maior interesse pelo trabalho. “Elas vêm acompanhando os pais e ficam encantadas com as atividades expostas, como livros para colorir, e com as historinhas. Eu até li o livro A Borboleta Julieta para uma criança de três aninhos que estava com os pais visitando os estandes”, contou.

Alice Wanderlei, também responsável pelas atividades do Livro Solidário no estande do NAC, contou que os visitantes estão conhecendo o projeto por meio dos folders que são distribuídos. “Eles dizem que vão reunir material para doar ao projeto”, disse.

Para a coordenadora do Livro Solidário, Carmen Palheta, a presença do projeto na feira de eventos dá uma abertura para um público bem diversificado, que pode contribuir com livros para a manutenção dos Espaços de Leitura. “Cada vez que a gente mostra as ações do projeto podemos ter respostas bem significativas dos mais diversos públicos”, avalia.

Mercado Curro Velho

Outro projeto social que está presente no estando do NAC é o Mercado Curro Velho, da Fundação Curro Velho, que está expondo os resultados de diversas oficinas realizadas pela instituição. São trabalhos nas técnicas de cartonagem, serigrafia, desenho, pintura, estamparia, cestaria, tapeçaria, fotografia e escultura, que resultaram em produtos que têm como principal característica a sustentabilidade.

Segundo a coordenadora do Mercado Curro Velho, Bia Valente, os produtos em madeira, por exemplo, são feitos de sobras de madeira dosadas pelas serrarias do distrito de Icoaraci. “Esse material que seria descartado no meio ambiente é reaproveitado e resulta em trabalhos bastante criativos. As pessoas que nos visitam aqui na feira ficam encantadas e sempre compram alguma peça”, contou.

Terra Viva

A Fundação de Atendimento Socioeducativo do Pará (Fasepa), por sua vez, desenvolve o Terra Viva, projeto socioambiental que apresenta no evento os resultados das oficinas de pneumóvel, paletes e jardinagem voltadas para adolescentes em conflito com a lei.

O trabalho desenvolvido tem despertado grande interesse dos visitantes que passam no estande para conhecer mais sobre o projeto. Entre eles está Cleiton Fernando, que destacou a qualidade dos produtos e a importância de reaproveitar materiais reciclaveis. “Achei o trabalho fascinante, muito bonito e confortável. Acho que essa atividade deve ter uma amplitude, já que o mercado pede esse tipo de material. Esse trabalho é muito bom e merece ser mais divulgado”, disse.

Um dos socioeducandos que participa das atividades, de 17 anos, está há sete meses no projeto e atualmente auxilia outros adolescentes da Fasepa que estão iniciando a atividade. Ele falou da satisfação de ter o seu trabalho no Terra Viva reconhecido e elogiado pelos visitantes. “É uma glória pra mim porque estão dando valor ao que fiz e estou sendo visto pelos outros. Sinto orgulho de mim mesmo, passar pelo que passei e agora ensino os outros adolescentes. Isso aqui mudou o meu jeito de agir, pensar, falar e quero continuar a aprender mais” declara.

Para o coordenador do projeto, Antonio Silva, o trabalho desenvolvido pelos adolescentes no reaproveitamento de diversos materiais ajuda na melhoria da autoestima dos socioeducandos e também mostra para os visitantes que os adolescentes em conflito com a lei contam com um projeto que ajuda na ressocialização. “Esse trabalho é muito bom porque a cada dia a gente se empenha mais e quando chega ao evento, a gente vê que estamos alcançando o nosso objetivo, que é melhorar a autoestima desses adolescentes. O público fica muito admirado ao saber que tudo aqui é feito por adolescentes que estão privados de liberdade, reaproveitando madeiras, pneus e na produção de mudas”.

O presidente da Fasepa, Simão Bastos, também acompanhou a programação no estande do NAC e destacou a importância de levar os projetos desenvolvidos na socioeducação para o conhecimento do público, garantindo a inclusão do adolescente na sociedade. “A perspectiva é de sair dos nossos muros, recriando espaços alternativos para os meninos e meninas e interagindo com a sociedade, que muitas vezes desconhece o que acontece nos espaços da fundação, além de também vivenciar o que fazemos. Com o apoio da feira temos a oportunidade de construir e articular mais benefícios para a socioeducação”, explica.