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Jovens presbiterianos doam cabelos para vítimas de escalpelamento

Por Redação - Agência PA (SECOM)
25/06/2015 14h37

A campanha “Servos uns dos outros, até o último fio”, desenvolvida pela Confederação Nacional de Mocidades Presbiterianas, recebeu 103 doações de cabelos que serão destinados para mulheres vítimas de escalpelamento. As madeixas muito bem cuidadas foram doadas por mulheres de seis municípios paraenses, que se comoveram com as histórias de quem sofre esse tipo de acidente.

O projeto da Confederação Nacional de Mocidades Presbiterianas também desenvolve outras ações sociais, como campanhas de incentivo a doação de sangue e de prestação de serviços a comunidades carentes. Numa dessas ações, no município de Tucuruí, a jovem Poliana Rodrigues da Rocha testemunhou o solidário gesto de uma mãe que, ao levar o filho para cortar gratuitamente os cabelos, acabou se tornando uma doadora. “Nós estávamos desenvolvendo a campanha, ela ficou sabendo do acidente de escalpelamento, e decidiu ali mesmo cortar seus longos cabelos para doar”, contou Poliana, que veio do município de Xinguara até Belém com intuito de suprir as necessidades de quem precisa.

As doações foram recebidas com alegria pela equipe da Santa Casa de Misericórdia e pelas mulheres e meninas escalpeladas atendidas no Espaço Acolher, albergue do Hospital, onde as vítimas do acidente que já receberam alta, mas permanecem em atendimento ambulatorial, ficam hospedadas.

Para a presidente da Santa Casa, Rosângela Monteiro, gestos como os dos jovens presbiterianos são muito bem vindos. “Essas ações complementam tudo o que já é desenvolvido pelo hospital e são essenciais para a recuperação das pacientes”, reforça Rosângela Monteiro.

Na última quarta-feira, 24, Poliana foi ao Espaço Acolher fazer a entrega do que foi arrecadado. Maria de Nazaré, em tratamento no local, agradeceu a iniciativa. “É algo maravilhoso o que a Poliana fez, porque o cabelo nos ajuda a recuperar a nossa autoestima e é algo que estamos sempre precisando”, disse.

Autoestima - Entre as muitas sequelas deixadas pelo acidente de escalpelamento está a perda do couro cabeludo. A violência do acidente costuma arrancar totalmente essa parte do corpo e por isso deixa meninas e mulheres sem os cabelos, causando muita dor e alterando drasticamente a imagem que elas fazem de si próprias.

Uma alternativa encontrada para melhorar a autoestima dessas mulheres é o uso de perucas. Para a psicóloga Jureuda Guerra, que acompanha vítimas de escalpelamento na Santa Casa, as perucas cumprem o papel de ajudar na recuperação da autoimagem, e muito mais. “Receber a peruca representa, para a escalpelada, ter de volta um membro perdido. É como uma prótese para quem perdeu um braço, ou uma perna”, descreve a psicóloga.

Oficinas - Como as perucas costumam ser um acessório caro, a Santa Casa, por meio do Espaço Acolher, vem desenvolvendo oficinas, onde as próprias escalpeladas aprendem a confeccionar suas perucas. Mas, a matéria-prima (os cabelos) depende de doações, como a feita pelos jovens presbiterianos e também de voluntários que ensinam as técnicas de confecção.

Serviço: Doações para o Espaço Acolher – (91) 3228-1609