Pro Paz oferece 160 bolsas de balé clássico e jazz a alunos de baixa renda
Foram realizadas nesta sexta-feira, 07, as primeiras audições do projeto "Criança que dança é mais feliz", que disponibiliza 160 bolsas integrais do Curso de Ballet Clássico e Jazz na Escola de Danças Ana Unger. O projeto é fruto de parceria entre a instituição privada e o governo do Estado por meio da Fundação Pro Paz. O projeto, que ainda está com as vagas abertas, é voltado para crianças e adolescentes de baixa renda entre 7 a 16 anos de idade.
Com as bolsas, o Pro Paz oferece uma atividade extracurricular de qualidade para crianças e adolescentes de escolas públicas sem condições de custear aulas particulares de dança. Através dos ensinamentos, respeito e responsabilidades que são agregados com a dança, busca-se proteger estes alunos do caminho da violência, implementando assim uma cultura de paz no cotidiano de cada um. As vagas estão sendo oferecidas na unidade da Companhia de Dança Ana Unger da Cidade Nova.
Para a coordenadora do Pro Paz Escola, Monica Altman, o projeto é importante por realizar o sonho de diversas crianças. “Por meio do projeto estamos dando acesso ao ballet clássico e ao jazz, uma oportunidade que muitas famílias não conseguem disponibilizar aos seus filhos. Esta é a proposta do Pro Paz. Atendermos crianças em situação de vulnerabilidade social, tirando-as da rua”, afirma.
Para Beatriz Souza, 15 anos, a oportunidade significa mais que um sonho. “Passei por várias escolas pequenas de ballet. No mês passado, fiquei desesperada porque não tinha mais condições para continuar as aulas na escola que estava, então comecei a ligar para várias instituições até que soube das bolsas que seriam oferecidas pelo projeto. A dança é algo que amo desde pequena e que quero seguir como carreira. Costumava fazer e vender brigadeiros para pagar os figurinos das minhas apresentações antes. Conseguir uma vaga em uma escola como a Ana Unger significa mais do que um sonho para mim”, conta.
Camille Santos, 11 anos, chegou ansiosa para a sua audição. Ela conta que nunca fez nenhuma aula de dança, mas sempre teve o sonho de ser bailarina. “Sempre quis fazer ballet, mas minha família não tinha como me matricular. Minha mãe soube das vagas e me inscreveu. Estou muito ansiosa por essa audição. Quero muito conseguir uma vaga”, afirma.
Junto com as crianças e jovens que participam do processo de seleção, os pais também não conseguem esconder o nervosismo. Para Lidianne Barbosa, moradora da Cidade Nova, o projeto tem contribuído na vida escolar e pessoal de sua filha, Juliana, de 10 anos. Este ano, a mais nova, Ana Paula, de 7 anos, também tenta uma vaga. “Este projeto é uma oportunidade única pra incentivar as crianças a criarem essa cultura da dança e realizar o sonho de dançar em uma escola assim”, afirma.
A dançarina e empresária Ana Unger afirma que a parceria com o governo do Estado foi fundamental para tornar o projeto possível. “Sem isso, seria impossível para nós, como instituição privada, disponibilizar 160 bolsas integrais. Estas crianças e adolescentes terão acesso a uma metodologia diferenciada, da Royal Academic, que implantamos no Estado há quase 30 anos. A dança transcende os benefícios físicos e cria uma educação mais ampla de valores como disciplina, respeito e responsabilidade nas diversas áreas da vida de nossos alunos”, explica.
As inscrições para as bolsas continuam abertas. A segunda e última audição para participar do projeto acontecerá na próxima sexta-feira, 14. Para concorrer à bolsa, o aluno deve ir à unidade do Centro de Dança Ana Unger localizada na Cidade Nova VI, WE 44, Casa 01, acompanhada de um responsável. Qualquer criança entre 7 e 16 anos pode concorrer às bolsas.