Hospital da Mulher do Pará investe em conscientização e combate ao HIV/Aids
Iniciativa levou informação e acolhimento a usuários e profissionais, ampliando o diálogo sobre prevenção e saúde sexual
No mês dedicado à campanha de prevenção ao HIV/Aids, o Hospital da Mulher do Pará (HMPA), em Belém, realizou nesta sexta-feira (5) a palestra “Dezembro Vermelho: conscientização e combate ao HIV/Aids”, reunindo profissionais para um momento de informação, diálogo e enfrentamento ao preconceito.
Em seguida, membros da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) estiveram no ambulatório da unidade, levando orientações às pacientes e acompanhantes que aguardavam atendimento, reforçando a importância da prevenção e do cuidado integral.
Para a recepcionista e bibliotecária Josefa Santos, 51 anos, moradora de Belém, a palestra teve o papel essencial de conscientizar a população. “O preconceito ainda é muito presente, e essa palestra é importante em todos os locais, inclusive nos hospitais e nas escolas. Hoje se fala muito em liberdade sexual, mas é preciso ter cuidado e responsabilidade com o próximo, e consigo mesmo. Às vezes, se paga um preço muito alto, que é a própria vida. Os jovens, especialmente, precisam ter mais cautela, pois há camisinha de graça e formas de prevenção”, disse Josefa.
Informação - Outra paciente, Izabel Silva, 52 anos, do município de Ananindeua, destacou que as ações esclarecem dúvidas ainda comuns entre a população. “Eu gostei porque tem muita coisa que a gente não sabe, como a questão da imunidade. Se a pessoa tiver HIV e a imunidade estiver baixa, podem aparecer muitos problemas graves de saúde”, destacou.
A infectologista Letícia Gomes ressaltou que o principal objetivo da campanha é combater a desinformação e promover acolhimento. “Estamos trazendo na campanha 'Dezembro Vermelho' o combate à desinformação e ao preconceito. Queremos desmistificar ideias e levar informações para que todos saiam daqui com dúvidas esclarecidas, defendendo intolerância ao preconceito e estímulo à testagem e ao tratamento. Para quebrar a cadeia de transmissão, é preciso mudar a mentalidade, e isso começa por nós. Nosso foco é disseminar conhecimento”, concluiu a profissional.
