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Sedap destacará Indicações Geográficas e agricultura de baixo carbono na COP30

Secretaria apresentará políticas públicas voltadas à bioeconomia amazônica e à agricultura sustentável em painéis na Green Zone e no Museu Paraense Emílio Goeldi

Por Rose Barbosa (SEDAP)
01/11/2025 00h13

As Indicações Geográficas (IGs) como instrumentos de valorização cultural, proteção de saberes tradicionais e fortalecimento das economias locais, além da transformação da agricultura amazônica em vetor estratégico de descarbonização, estão entre as temáticas que serão apresentadas pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap) durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que ocorrerá em Belém, de 10 a 21 de novembro. A Sedap participará de painéis abertos ao público em dois espaços diferentes.

A amêndoa de cacau de Tomé-Açu é cultivada em sistema agroflorestal

No dia 11, a Secretaria integrará o evento “Amazônia Sempre Station at COP30 in Belém”, realizado no Museu Paraense Emílio Goeldi. Já no dia 19, a presença será na Câmara Setorial de Agricultura e Economia Verde, na Zona Verde (Green Zone), instalada no Parque da Cidade. Das 15h45 às 17h, será apresentado o painel “Indicações Geográficas: Proteção de Saberes Tradicionais e Desenvolvimento Sustentável”.

No dia 20, a Sedap terá duas participações. Das 17h15 às 18h30, em conjunto com representantes do Estado do Amazonas, apresentará o tema “Agricultura – Descarbonização e Agricultura de Baixo Carbono na Amazônia Legal”. Logo depois, das 18h45 às 19h45, será debatido o tema “Agricultura – Cadeias Produtivas e Sustentabilidade: Políticas Públicas para a Bioeconomia Amazônica”, com participação também de representantes do Amapá.

A farinha de Bragança, oriunda da mandioca, é um exemplo de IG que mantém tradição, saber e sustentabilidade

Segundo a engenheira agrônoma Márcia Tagore, coordenadora do Programa Estadual de Incentivos às Indicações Geográficas e Marcas Coletivas da Sedap, um dos objetivos da Secretaria é evidenciar a relação entre o reconhecimento das IGs e a conservação ambiental. “Por se tratar dessa questão de cuidar da natureza, não temos como desvincular da temática climática. Muitos dos processos que vivenciamos estão ligados à forma como o ser humano atua junto ao meio ambiente. Nós somos parte dele. Quando compreendemos essa relação, percebemos que as Indicações Geográficas também expressam essa conexão com as riquezas naturais, culturais e humanas”, destacou.

Cadeias produtivas que utilizam o sistema agroflorestal, como o açaí, serão apresentadas pela Sedap

Experiências – Durante o painel, serão apresentadas experiências brasileiras e internacionais que demonstram como a certificação de origem pode impulsionar cadeias produtivas sustentáveis, garantir justiça social e contribuir para a mitigação das mudanças climáticas, ao favorecer sistemas de produção de baixo impacto.

Um dos exemplos destacados é o da IG das amêndoas de cacau de Tomé-Açu, nordeste paraense, a primeira reconhecida no Pará pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi). “O Sistema Agroflorestal de Tomé-Açu (Safta) é diferenciado. Ele constrói novos conhecimentos e reforça saberes tradicionais, tanto do Japão quanto do Brasil, dando visibilidade à riqueza do nosso Estado”, ressaltou Márcia Tagore. O município é uma das referências da imigração japonesa na Amazônia.

Na programação da Sedap também serão abordados temas como a importância das IGs para a agricultura familiar e os povos tradicionais, o turismo sustentável associado à certificação de origem, a preservação ambiental e o papel da governança local na credibilidade e valorização das Indicações Geográficas na Amazônia.