Emater registra produtores de mandioca de Augusto Corrêa para políticas públicas
Ação contribui para trabalhadores obterem o cadastro nacional da agricultura familiar (caf) e o cadastro ambiental rural (car) e acessarem financiamentos

O escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) em Augusto Corrêa, no Rio Caeté, está documentando produtores de mandioca do município para acesso imediato a crédito rural.
O objetivo é que, com o cadastro nacional da agricultura familiar (caf) e o cadastro ambiental rural (car), famílias da comunidade Trevinho, no Km 36 da rodovia PA-462, e do entorno recebam, ainda este ano, recursos da linha Acredita do Banco da Amazônia (Basa), sob contratos individuais entre R$ 12 mil e R$ 15 mil, para patrocinar ações como limpeza e mecanização de área. As propriedades têm de 10 a 25 hectares, com bom nível de preservação florestal, de acordo com especialistas da Emater.
Um mutirão na primeira quinzena de setembro, com o apoio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), já resultou em 10 cars e 14 cafs. “A lógica da Emater é justamente dentro da casa do produtor, porque nossa relação não se limita à prestação de serviços governamentais: significa a construção histórica de uma relação de confiança e credibilidade. Nós sentamos juntos com os agricultores, compartilhamos o café, compartilhamos a água, e juntos criamos soluções e caminhos para o desenvolvimento sustentável”, diz o chefe do escritório local da Emater em Augusto Corrêa, o técnico em agropecuária José Gilmar Alves Júnior.
O agricultor Gabriel da Costa, de 28 anos, confirma a importância da presença da Emater: “Nossa, a Emater direto aqui na Comunidade facilita muito. Primeiro porque a Emater traz informação sobre direitos que eu, por exemplo, desconhecia. São benefícios disponíveis para o agricultor familiar que a gente não aproveitaria, se não tivesse a Emater trazendo a informação, tirando documento e fazendo toda a ponte”, considera.
Nos três hectares da Área do Gabriel, dentro do Sítio Corrêa, uma propriedade maior de herança, subdividida entre parentes, Costa pretende expandir a fabricação de farinha d’água e a criação de porcos, com o acompanhamento da Emater. Na atualidade, o total de farinha por mês chega a uma tonelada, com comercialização no próprio município e exportação para a capital Belém, via atravessadores.
Texto de Aline Miranda