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Uepa tem ação pelo 'Dezembro Laranja' para diagnóstico precoce de câncer de pele 

Em Belém, a iniciativa neste sábado (7) foi realizada no Serviço de Referência Especializado em Dermatologia, no Centro de Ciências Biológicas e da Saúde

Por Ascom (Ascom)
07/12/2024 16h14

Neste sábado (7), a Universidade do Estado do Pará (Uepa) promoveu uma ação de saúde voltada à prevenção e diagnóstico precoce do câncer de pele. As avaliações dermatológicas ocorreram no Serviço de Referência Especializado em Dermatologia, localizado no Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS/Campus II), em Belém. A iniciativa fez parte da campanha Dezembro Laranja, em parceria com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

A mobilização foi realizada em locais que têm programas de Residência Médica em Dermatologia, como parte de um esforço nacional. Em Belém, os atendimentos foram abertos à população, sem a necessidade de encaminhamento prévio, com objetivo de identificar casos suspeitos de câncer de pele.

No CCBS, durante o dia, foram realizados mais de 400 atendimentos, com os casos suspeitos já encaminhados para biópsia ou com agendamentos programados.

Campanha busca identificar casos suspeitos

O câncer de pele é o tipo mais frequente no país, representando 33% de todos os diagnósticos de câncer, com cerca de 185 mil novos casos por ano, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). A campanha Dezembro Laranja busca detectar casos suspeitos, conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico precoce e a adoção de medidas preventivas, como o uso de protetor solar e consultas regulares com dermatologistas.

Médica dermatologista, Heliana Góes é a coordenadora regional da campanha 'Dezembro Laranja 2024'Segundo a dermatologista e professora do CCBS/Uepa,  Heliana Goes, o diagnóstico precoce é fundamental para garantir a eficácia do tratamento, que na maioria dos casos é curativo. "É essencial que qualquer pessoa com lesões suspeitas ou feridas que não cicatrizam procure um médico dermatologista o quanto antes", destacou.

A médica informou que o Serviço de Dermatologia da Uepa diagnosticou 92 casos de câncer de pele em 2023. Em 2024, até o meio do ano, foram confirmados 37 novos casos.

Dados da Sespa

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa), em 2023, foram registrados, no Pará, 768 casos de câncer de pele: 60 casos de melanoma maligno; 694 casos de outras neoplasias malignas da pele, e 14 casos de carcinoma in situ.

Nesta ano, até o mês de setembro, os números chegaram a 699 casos de câncer de pele no Pará, distribuídos em 20 casos de melanoma maligno; 626 casos de outras neoplasias malignas, e 53 casos de carcinoma in situ. Os municípios com maior incidência de diagnósticos são Belém e Santarém.

Aposentado, Humberto Negrão buscou o atendimento da Uepa: "Apareceram manchas suspeitas, a gente fica preocupado" Humberto Negrão, aposentado, se dirigiu até o CCBS para avaliação. "Estou aproveitando essa oportunidade que é dada para muitas pessoas, muitas vezes não temos acesso. Apareceram algumas manchas suspeitas no corpo, a gente fica preocupado de ser câncer de pele, temos que buscar especialistas e ver qual é o problema. Estou sendo bem atendido, esse tipo de ação como esta na rede pública é muito importante para a população porque muitos não tem conhecimento, então é uma oportunidade, prevenir e cuidar da saúde", disse.

Fatores de risco - Algumas condições aumentam a probabilidade de desenvolver câncer de pele, como: histórico familiar de câncer de pele; exposição a queimaduras solares intensas ao longo da vida, especialmente aquelas que causam vermelhidão e ardência na pele; presença de muitas sardas ou pintas pelo corpo; pele muito clara, que geralmente queima ao sol; idade acima de 65 anos.

Prevenção é o melhor caminho 
A campanha do Dezembro Laranja reforça a importância de hábitos preventivos como o uso diário de protetor solar, roupas adequadas e tentar evitar exposição prolongada ao sol. A detecção precoce do câncer de pele é um dos principais fatores para o sucesso no tratamento.

Texto de Diane Maués / Ascom Uepa/CCBS