Mutirão de atendimento dermatológico será realizado na Uepa, em Belém
Em alusão ao Dia Mundial da Saúde da Pele - 8 de Julho, Belém será uma das dez cidades no mundo a sediar ações assistenciais em campanha internacional, com uma atividade voltada ao diagnóstico precoce da hanseníase. A atividade é promovida pela International League of Dermatological Societies (ILDS) e pela International Society of Dermatology (ISD), em parceria com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), e apoio da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) e da Universidade do Estado do Pará (Uepa).
A mobilização ocorrerá no dia 18 de julho (sexta-feira), das 8h às 13h, no Centro de Referência Especializado em Dermatologia, da Uepa (CCBS). A ação oferecerá atendimentos dermatológicos gratuitos à população de Belém que apresente manchas na pele — especialmente brancas ou avermelhadas —, sintomas que podem indicar hanseníase.
Não é necessário agendamento prévio. Basta comparecer ao local no horário da ação, levando documento de identidade, cartão do SUS (Sistema Único de Saúde) e comprovante de residência.
Durante o mutirão, as pessoas serão avaliadas por dermatologistas. Em casos suspeitos de hanseníase, será realizado um teste rápido no local. Se confirmado o diagnóstico, o paciente já receberá a primeira dose da medicação, e será encaminhado para dar continuidade ao tratamento na rede pública de saúde. Todos os casos identificados serão notificados às autoridades sanitárias.
A iniciativa está alinhada ao reconhecimento, feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em maio de 2025, das doenças de pele como prioridade global em saúde pública.
Sinais - A hanseníase é uma doença infecciosa crônica causada pelo bacilo Mycobacterium
leprae, que afeta principalmente a pele e os nervos periféricos. Entre os principais sinais
estão manchas na pele, com alteração de sensibilidade ao calor, dor e tato, além de
formigamento, dormência e fraqueza nos membros. A transmissão ocorre por meio do
contato próximo e prolongado com pessoas não tratadas, geralmente pelas vias
respiratórias.
Apesar de ser uma das doenças mais antigas da humanidade, a hanseníase ainda
representa um desafio de saúde pública no Brasil — segundo país com maior número de
casos no planeta. O diagnóstico precoce é fundamental para evitar sequelas físicas e
interromper a cadeia de transmissão. O tratamento é gratuito, oferecido pelo SUS, e pode
ser feito em casa. Quanto antes for iniciado, maiores são as oportunidades de cura e menor o
risco de incapacitação.