Pro Paz realiza ação inclusiva para pessoas com deficiência
O projeto Rios de Inclusão tem o objetivo de assegurar, nas políticas públicas de saúde, educação e assistência social, os direitos de crianças e adolescentes com deficiências auditiva, visual e com doenças neuropsíquico-motoras. Para alcançar esse objetivo, representantes da tríade educação, saúde e assistência social, tanto do Governo do Estado, por meio da Coordenadoria de Educação Especial, quanto da Prefeitura de Belém, por meio do Centro de Referência em Inclusão Educacional Gabriel Lima Mendes, elaboram um cronograma de ações, formando uma união entre o Estado e Município.
Dentro deste cronograma ocorreu no último sábado (14) a ação de cidadania inclusiva em oito escolas da rede pública Estadual de Ensino. Durante a manhã, diversas famílias de crianças e adolescentes com deficiência foram recebidos e orientados por equipe de diferentes secretarias do governo sobre direitos e serviços ofertados pelo Governo do Pará para elas. A intenção é incluir estas crianças e adolescentes que ainda estão fora da rede de serviços. A ação foi uma realização do Governo do Pará em parceria com a Prefeitura de Belém, Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e o Instituto Paraense de Aplicação de Toxina Botulínica ( IPAT).
"Conseguimos mostrar os serviços que as redes dispõem para crianças e adolescentes com deficiências e, principalmente, convidar a comunidade local para ser nossa maior parceira, no sentido de divulgar informações e apontar crianças e adolescentes com deficiência fora da escola, para que possamos garantir o direito do acesso à educação. Esse foi o primeiro passo nessa busca ativa, paralelo ao movimento de articulação entre as secretarias que vem acontecendo, e de aperfeiçoamento profissional que o projeto iniciará em breve, tudo para garantir acesso e permanência de crianças e adolescentes com deficiência nas escolas públicas”, afirmou o presidente da Fundação Pro Paz, Jorge Bittencourt.
Durante o evento foram oferecidos diversos serviços de cuidados básicos da saúde para pessoas com deficiência, entre eles: orientação e intervenção multiprofissional na atenção à saúde da pessoa com deficiência; divulgação da rede de cuidados; informações sobre o cadastro único; bolsa família; benefício de prestação continuada e transferência de renda e serviços realizados pelo CIIC - Centro Integrado de Inclusão e Cidadania da Pessoa com Deficiência. Além disto, nas escolas também foram montadas diversas oficinas de Braille, Orientação e Mobilidade, entre outras. A programação também contou com atividades de esporte, danças e exposições voltadas para o público.
Maria Lindalva, mãe de Jessika Benedita, 24 anos, afirma que o projeto tem auxiliado no crescimento de sua filha. “Jessika é muito quieta em casa, mas quando falo para ela que vamos para a aula na escola, ela fica toda animada. Ela está adorando e eu também. Muito bom ver minha filha evoluir”, acrescentou. Jessika não é aluna da escola, mas frequenta no período da tarde a Sala de Recursos da Escola Estadual General Gurjão. A sala é destinada ao uso de portadores de necessidades especiais da comunidade.
Cobertura – Em pouco mais de um ano, o número de alunos especiais matriculados na rede municipal de ensino dobrou: hoje eles são 1,2 mil. As salas de recursos multifuncionais também foram ampliadas, de 33, no início da gestão, para 42. Desta forma, mais alunos com deficiência recebem atendimento de qualidade, tanto nas salas regulares, quanto no atendimento educacional especializado.
Entre as atividades previstas estão a visita aos espaços que hoje atendem este público, formação para profissionais da área da educação especial, seminários sobre o tema e um curso de aperfeiçoamento voltado para as pessoas que já trabalham na educação especial, além da criação de políticas para garantir a permanência destes jovens na escola.
“Este é um trabalho de busca ativa dos alunos. Além de divulgar e integrar os serviços já prestados pelo Governo do Estado, Municípios e parceiros, buscamos informar para toda sociedade que o aluno com necessidades especiais precisa permanecer na escola. Neste projeto todos aprendem sobre o tema e a convivência na escola melhora à cada dia”, relatou Izabela Jatene, da Secretaria Extraordinária de Estado de Integração de Políticas Sociais.
Em longo prazo, o projeto busca incluir nas escolas e creches crianças e adolescentes com deficiência que ainda estão fora da rede pública de ensino em Belém, além de contribuir para a formação de técnicos e gestores, a fim de possibilitar maior número de inserções, adaptações e consequente escolaridade de crianças e adolescentes com deficiência. A iniciativa também quer contribuir, junto às equipes de educação, saúde e assistência, para a inclusão nas escolas destas crianças e adolescentes nas mais diferentes formas.
