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Artistas levam a magia do circo para crianças que fazem tratamento no hospital Ophir Loyola

Por Redação - Agência PA (SECOM)
10/12/2015 14h32

João Gabriel tem 10 anos. Ele faz tratamento contra o câncer de linfoma no hospital Ophir Loyola, em Belém, e viveu uma experiência diferente na manhã desta quinta-feira, 10, quando conheceu de perto os artistas do Le Cirque Amar. O circo faz temporada de espetáculos na capital paraense, mas nos momentos de folga destina algumas horas do dia para fazer a alegria de crianças que fazem tratamento em unidades hospitalares de cada cidade visitada.

Assim como João Gabriel, cerca de 60 crianças e seus familiares se divertiram no auditório Luiz Geolás com a presença dos palhaços Matraca e Moroco, encenados por Celso Stevanovich e Celso Alberto Stevanovich, pai e filho, respectivamente. “Eu adorei a vinda deles aqui. Não posso ficar em locais com muita gente e quase não tenho possibilidade de diversão”, disse o pequeno João Gabriel com um sorriso estampado no rosto.

A mãe dele, Dorisete Moreira, 31 anos, lembrou que o filho não assistia a um espetáculo circense há alguns anos. “Faz um ano que viemos de Cametá para Belém para ficarmos mais próximo do hospital, e são raras as vezes que nos divertimos por conta do estado de saúde dele”, ressaltou a mãe do paciente.

A data escolhida para a visita também marca as comemorações pelo Dia do Palhaço. Personagens indispensáveis no circo, Matraca e Moroco fizeram muitas brincadeiras, interagiram com público e receberam muitos aplausos. “É muito satisfatório poder trabalhar sem nenhum fim comercial, e sim pelo simples prazer de alegrar pacientes que não podem ir ao circo. O palhaço tem esse dom de fazer pessoas de todas as idades rirem, mas fazer uma criança rir é muito mais gratificante”, afirmou Matraca.

“Nossos filhos passam por um momento árduo. Eles são privados de muitas coisas e precisam de distração, sabemos o quanto esses momentos são especiais para eles”, declarou Keisy Pinheiro, 24 anos, que acompanha o filho Pablo Bernado, de apenas 6 anos, em tratamento contra linfoma.

Humanização – Esse tipo de ação acontece constantemente no hospital, através do incentivo do trabalho de voluntariado para a quebra da rotina de consultas, exames e medicações. “Proporcionar alegria, carinho e resgate do lúdico ajuda a amenizar o ambiente hospitalar, funciona como uma verdadeira terapia tanto para os pacientes infantis quanto para os acompanhantes, além de proporcionar uma melhor adesão ao tratamento”, explicou Elane Sarmento, terapeuta ocupacional do setor de pediatria do Ophir Loyola.

O Le Cirque Amar foi criado na França por uma das famílias de circo mais tradicionais do mundo, atualmente conta com números que vão desde os tradicionais palhaços, ao ilusionismo, acrobacia em pêndulo duplo, entre outras atrações. O trabalho de humanização do circo é feito em parceria com hospitais há mais de 10 anos. Parte do elenco visita espaços de tratamento em todas as cidades por onde passa. Para o Ophir Loyola trouxe acrobacias, malabarismo, equilibrismo e mágica que prenderam a atenção e aproximaram as crianças do imaginário infantil.

Após a apresentação no auditório, os artistas seguiram para a clínica pediátrica e para o Hospital Dia, setor que presta assistência às crianças e adolescentes com leucemia e que não precisam de internação. No local, os usuários recebem medicamentos, hidratação ou transfusão, ficam em observação e, ao final do dia, caso não haja mais riscos, voltam pra casa. “A magia do circo tem o poder de aliviar a dor, e nosso propósito é esse, levar o circo até o respeitável público do hospital”, declarou o gerente de marketing e artista do Le Cirque Amar, Bryan Stevanovish.