Jovens apresentam resultado dos cursos do projeto Música e Cidadania
O projeto Música e Cidadania, da Fundação Carlos Gomes, em parceria com associações comunitárias e organizações não governamentais, começou nesta segunda-feira (14) as apresentações musicais de encerramento do ano letivo de 2015 nos polos do projeto espalhados pela região metropolitana de Belém. Os recitais mostram o resultado do trabalho de educação musical feito com crianças, adolescentes e jovens em situação de vulnerabilidade social.
Nesta segunda, meninos e meninas atendidos pela Sociedade Beneficente Cristo Redentor, no Coqueiro, e Movimento de Emaús, no Benguí, tiveram a oportunidade de subir ao palco da Sala Ettore Bosio para mostrar o que aprenderam nas aulas de instrumento de cordas. A turma de violão popular foi a primeira a se apresentar, e depois vieram os alunos de violino. Acompanhados por professores, eles tocaram músicas de compositores brasileiros como Luiz Gonzaga e Tom Jobim, entre outros.
Cada uma das entidades parceiras atende em média 200 jovens de bairros como Benguí, Tapanã, Parque Verde, Cordeiro de Farias, São Clemente e Pratinha. “São áreas de extrema vulnerabilidade social, onde faltam saúde, educação e saneamento”, conta o coordenador pedagógico do projeto na Cidade de Emaús, Darivaldo Carvalho. “Essa parceria com a FCG é uma ação de direitos humanos. A música é uma ferramenta de defesa desses direitos, transforma a vida, vira uma página. É um orgulho dizer que temos alunos que hoje estão em outra condição social”, completa o educador.
O projeto Música e Cidadania existe há 16 anos e é uma atividade de extensão da Fundação Carlos Gomes que leva o ensino musical de qualidade para crianças, adolescentes e jovens que moram na periferia. Criado em 1999, o projeto tem como objetivo descentralizar o ensino musical do Instituto Estadual Carlos Gomes fazendo com que jovens que moram em bairros distantes do centro da cidade possam ter acesso à educação musical. “Quantos jovens já não mudaram, quantos já não aprenderam, quanta cultura já não foi semeada? Formamos músicos e formamos plateia também”, diz o cantor Reginaldo Viana, coordenador do projeto pelo IECG.
Atualmente existem onze polos do projeto espalhados pela RMB que proporcionam ensino da música. Nesta terça (15), se apresentam meninos e meninas do Lar Fabiano de Cristo e do Lions Clube de Benevides. Na quarta-feira (16), haverá o recital de alunos especiais da Associação Paraense das Pessoas com Deficiência. As apresentações, que são abertas ao público, começam a partir de 9h, na Sala Ettore Bosio, no IECG, na Gentil Bittencourt, 977, entre Quintino Bocaíuva e Generalíssimo Deodoro.