Experimento da Emater em comunidade do Tauá deve render 20 toneladas de maniva
Começou nessa quarta-feira, 7, em Santo Antônio do Tauá, no nordeste paraense, o primeiro plantio comercial de uma variedade diferenciada de mandioca, cujo desenvolvimento tende mais à folhagem do que à raiz. O processo deve encerrar na semana que vem.
Desde o ano passado, com a implantação de uma unidade de reprodução na Comunidade do Remédio, a “maniçobeira” tem sido uma aposta do escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) para que a agricultura familiar participe com mais volume e qualidade do mercado regional de produção de maniva, o principal ingrediente da comida típica “maniçoba”.
A unidade resultou em 30 mil estacas, que agora serão plantadas em três hectares na comunidade Tracuateua, com o envolvimento de 12 famílias. A colheita de maniva, estimada em 20 toneladas, será possível em até quatro meses. Outras 38 famílias vizinhas serão incorporadas ao projeto ao longo de 2015.
De acordo com o técnico em agropecuária da Emater Ailson Cardoso, que também é geógrafo, a “maniçobeira”, que ainda não possui nome científico, produz no mínimo o dobro de folhagem do que a mandioca tradicional: “É um plantio voltado à maniva mesmo, sem aproveitamento comercial da raiz. O sistema de espaçamento é de um metro por um metro, com estacas e covas. O objetivo é abastecer o mercado constante da maniçoba e apresentar mais uma opção para o mandiocultor”, explica.