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BELÉM: 399 ANOS

Pontos turísticos contam a história de Belém e estimulam o destino Pará

Por Redação - Agência PA (SECOM)
12/01/2015 08h50

Um estudo feito em 2014 e divulgado em janeiro deste ano pela Fundação Getúlio Vargas, Ministério do Turismo e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) coloca Belém e Santarém na lista dos 65 Destinos Indutores de Desenvolvimento Turístico Regional. A pesquisa serve de referência e ajuda a nortear o trabalho da Secretaria de Estado de Turismo (Setur), após a criação do Plano Estratégico de Turismo Ver-o-Pará, em 2011. 

O secretário de Estado de Turismo, Adenauer Góes, destaca que a indicação dos dois municípios paraenses na pesquisa nacional é resultado de um intenso trabalho de base. “Belém e Santarém estarem nesta lista é uma constatação de que o Estado está no rumo certo de implementação e aperfeiçoamento do turismo tanto na gestão pública, quanto na privada e na relação com a sociedade que aqui vive”, afirma.

O documento cita o Mangal das Garças e a Estação das Docas entre os principais pontos turísticos da capital, que comemora nesta segunda-feira seus 399 anos. Mas além destes, há muitos outros espaços que recebem a atenção do Estado e a visita de turistas de todo o mundo, a exemplo do Forte do Presépio, Museu Histórico do Estado do Pará e o Museu do Círio. Eles geram emprego e renda, fomentam o turismo, conferem charme e beleza e ainda contam um pouco da história de Belém.

De acordo com o professor universitário e mestre em História Social, Vítor da Mata Martins, o Mangal e a Estação são espaços de grande importância histórica, social e cultural na capital paraense. ”Próxima de completar 400 anos, a cidade de Belém tem nestes espaços um reflexo da sua própria história, com memoriais e elementos constituintes do processo de formação cultural do homem amazônico e paraense. E é a existência de locais como esses, destinados à exposição de acervos materiais sobre a história do homem amazônico em diferentes períodos, que permitem à população paraense conhecer um pouco das suas raízes e aos turistas que visitam nossa cidade apreciá-la ainda mais”, explica o professor.

Para o secretário de Estado de Cultura, Paulo Chaves, reorganizar estes espaços públicos, é um exemplo a ser seguido em qualquer local do mundo. “A ocupação de espaços ociosos - a maioria de grande importância histórica e arquitetônica - que se encontravam abandonados ou subutilizados, como o Galpão da Estação das Docas, Feliz Lusitânia, São José Liberto e Mangal das Garças - que está completando 10 anos de existência - é uma forma de resgatar e valorizar a  nossa cultura. Na verdade, trata-se de um misto de gestão pública e privada. Ou seja, não basta projetar o melhor e construir com rigor e probidade, há de se ter uma gestão competente para que esses equipamentos sejam mantidos com a necessária qualidade”, fala.

Estação das Docas

Desde 2000, o antigo porto fluvial de Belém deu lugar a um dos espaços mais representativos do Pará: a Estação das Docas. Resultado de um cuidadoso trabalho de restauração do porto fluvial da capital paraense, o projeto deu origem aos boulevares que hoje abrigam espaços culturais e de lazer que são referência nacional. Os três armazéns de ferro inglês são uma mostra da arquitetura característica da segunda metade do século XIX. Datados do século XX, os guindastes externos, que são a marca registrada do complexo turístico, vieram dos Estados Unidos.

O complexo turístico oferece em um só lugar opções de gastronomia, moda, lazer e eventos, com conforto e segurança. Localizada na orla da Baía do Guajará, a área de 500 metros de extensão voltados para o rio comporta três armazéns, distribuídos em 32 mil metros quadrados, e um terminal para embarque e desembarque de passageiros.

Com espaço para várias manifestações artísticas, a Estação das Docas respira cultura. Música, cinema, teatro e dança fazem parte da programação mensal do complexo, que mantém  projetos culturais abertos gratuitamente ao público. “Um deles, o Por-do-Som, acontece há quase 15 anos, todas as sextas feiras, e é o único projeto que contempla apresentações folclóricas semanais em Belém. Então quem visita o Pará e quer ter esse contato com a cultura do nosso estado, vai encontrar isso sempre na Estação das Docas”, explica Gabriela Landé, presidente da Organização Social Pará 2000, que administra o espaço.

Outro grande atrativo do local é a oferta gastronômica. Pratos típicos da região Norte e de outros lugares do mundo, preparados com um toque paraense, podem ser encontrados nos bares, restaurantes, quiosques, lanchonetes, sorveterias e bombonieres da Estação. Além disso, o visitante encontra nas lojas sediadas no complexo várias opções de presente, como roupas, acessórios e artesanato.

Mangal das Garças

O Parque Zoobotânico Mangal das Garças é resultado da revitalização de uma área de cerca de 40 mil metros quadrados localizada à margem do rio Guamá. O que antes era uma área alagada transformou-se em um dos mais belos recanto de Belém. A transformação foi cuidadosa. O pré-requisito era o aproveitamento máximo das condições paisagísticas da área. A ideia, representar as diferentes macrorregiões florísticas do Pará: as matas de terra firme, as matas de várzea e os campos, com sua fauna.

Com lagos, aves, vegetação típica, equipamentos de lazer, restaurantes, vistas espetaculares da cidade e do rio, o Mangal das Garças logo se tornou um dos pontos turísticos mais elogiados de Belém.

O Parque Naturalístico Mangal das Garças oferece aos visitantes os espaços do Borboletário José Márcio Ayres, Farol de Belém, Viveiro das Aningas, Memorial Amazônico da Navegação, Restaurante Manjar das Garças, Mirante do Rio, Armazém do Tempo, Fonte dos Caruanas, Lago Cavername e Lago da Ponta. 

“É importante ressaltar que tanto a Estação, quanto o Mangal foram e são grandes marcos no resgate do patrimônio histórico e cultural de Belém. Trata-se de áreas que eram antes degradadas e ganharam uma utilização da qual hoje todos podem desfrutar. O parque zoobotânico é um oásis da biodiversidade da Amazônia. Nele é possível ver as borboletas, as aves, aproveitar o cenário, contemplar a fauna e a flora de maneira gratuita”, diz.

A entrada no Mangal das Garças é franca, exceto nos espaços de visitação monitorada, que são o Borboletário José Márcio Ayres, Farol de Belém, Viveiro das Aningas e Memorial Amazônico da Amazônia.

O espaço oferece aos visitantes e turistas a oportunidade de vivenciar a proximidade da natureza, como durante a alimentação dos peixes e tartarugas no Lago da Ponta, às 9h; a soltura das borboletas, às 10h e 16h, e alimentação das garças que se abrigam no Mangal,  às 11h, 15h e 17h30.

Forte do Presépio

O Forte do Castelo do Senhor Santo Cristo do Presépio de Belém, popularmente conhecido como Forte do Presépio, marca o início da colonização do estado. Bem preservado, revela ao visitante a preocupação portuguesa, à época, com a manutenção do domínio sobre a região. No local, em janeiro de 1616, uma expedição comandada pelo português Francisco Caldeira de Castelo Branco chegou à Amazônia e fundou a capital paraense, hoje considerada a metrópole da Amazônia.

É um dos pontos turísticos mais procurados da cidade, por sua localização privilegiada, sua paisagem e sua importância histórica. Além disso, integra o complexo arquitetônico e religioso da Cidade Velha, a Feliz Lusitânia, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

MHEP

O Museu Histórico do Estado do Pará foi criado e está localizado no Palácio Lauro Sodré desde 1994. O palácio onde funciona o museu é um belo exemplo da arquitetura de Antônio Landi e foi construído para abrigar a sede da então Capitania do Grão-Pará e do estado do Grão-Pará e Maranhão, que foi transferida de São Luís para Belém no século XVIII. O espaço tem cinco salões principais e possui estilo eclético, com elementos art nouveau. Hoje abriga o trabalho de diversos artistas e inúmeros exemplares de mobília, pintura, artes decorativas e fotografias dos séculos XIX e XX.

Durante todo o ano o MHEP abre as portas com uma programação diversificada que inclui, entre outras atividades, exposições, apresentações culturais e receptivos turísticos. Por ocasião do aniversário de Belém, em janeiro de 2014, o Museu fez o relançamento da obra “A Conquista do Amazonas”, do artista Antônio Parreira (1860 – 1937). A obra data de 1907 e passou por um processo de restauro feito por técnicos do Sistema Integrado de Museus (SIM), ligado à Secretaria de Estado de Cultura (Secult), ao qual está vinculado.

Museu do Círio

Outro espaço importante de Belém é o Museu do Círio. O espaço, localizado no centro histórico da cidade de Belém, conta com curiosidades e histórias de devoção à Nossa Senhora de Nazaré, padroreira dos paraenses. O acervo do museu é composto por 1.500 peças, minuciosamente catalogadas e disponibilizadas à visitação pública.

O Museu do Círio foi criado no dia 9 de outubro de 1986, em um terreno localizado ao lado da Basílica de Nazaré, mas desde dezembro de 2002 foi transferido para o Complexo Feliz Lusitânia, no bairro da Cidade Velha, para integrar o Sistema Integrado de Museus. O rico acervo documental retrata a história da devoção popular em torno da celebração do Círio, evento que foi intitulado Patrimônio Imaterial Cultural Brasileiro em 2004.

No local é possível contemplar peças organizadas em 10 coleções, que vão desde a arte sacra do século XIX, ex-votos (objetos que representam pedidos e agradecimentos de fiéis), arte popular em miriti, representações do lado profano da festa e muito mais.

Entre os destaques encontrados no museu, um cavalo de brinquedo que ficava no arraial em frente à Basílica. A peça, de 1930, pertenceu a um antigo carrossel movido à caldeira. Ainda é possível ver de perto um manto e um grande pedaço da corda do Círio de número 200, doados pela diretoria da festa. Outros destaques são os ex-votos representados por miniaturas de casas e barcos de miriti, partes do corpo humano feitos em cera e, ainda, objetos incomuns como uma grande réplica de uma carteira de trabalho, um vestido de noiva a até uma geladeira.

Para o professor Vítor Martins, a manutenção e conservação destes espaços públicos são de grande importância para a cidade. “Para que o visitante tenha initerruptamente a oportunidade de ter acesso aos “fragmentos da história” do homem amazônico, através dos vestígios materiais produzidos por ele durante séculos e que podem se encontrados no 'Museu do Encontro' do Forte do Castelo, por exemplo, ou ter acesso a quadro de pintores paraenses e brasileiros renomados que retrataram a Amazônia em suas obras, como “A Conquista do Amazonas”, do pintor Antônio Parreiras, que esta exposta no Museu Histórico do Estado."

Serviço:
Estação das Docas 

Segundas e terças – 10 à meia noite/ Quartas – 10h a 1h/ Quintas e sextas – 10h às 3h/ Sábados – 10h às 3h/ Domingos – 10h à meia noite 
Tel: (91) 3212-5660 e 3212-5615
Site: www.estacaodasdocas.com.br

Mangal da Garças
O parque funciona diariamente das 09h às 18h, exceto na segunda-feira, quando permanece fechado para manutenção. Os portões do parque são abertos a partir das 7h para quem gosta de caminhar e contemplar a natureza única da Amazônia.
Tel: (91) 3242-5052
Site: www.mangalpa.com.br

Forte do Presépio
De terça-feira a sexta-feira – 10h às 18h
Sábados, domingos e feriados – 10h às 14h
É preciso pagar uma taxa de R$ 2,00 para visitar a área interna do espaço. Crianças menores de sete anos, idosos acima de 60 anos, pessoas com deficiência e grupos agendados e escolares não pagam o ingresso.
Tel: (91) 4009-8826                          

Museu Histórico do Estado do Pará
Aberto ao público de terça a sexta feira, das 10h às 18h. Sábados, domingo e feriados, fica disponível das 9h às 13h.
Tel: (91) 4009-8801

Museu do Círio 
Funciona de terça a domingo, das 10h às 18h, ao longo de todo ano. Ingressos: R$ 2, sendo que às terças-feiras a entrada é gratuita. 
Tel: (91) 4009-8819 e 4009-8842.