Estado dobra capacidade de monitoramento eletrônico com câmeras
O serviço de vigilância eletrônica no Estado foi ampliado. Já são 182 câmeras de monitoramento em Belém e 45 no interior, coordenadas pelo Centro Integrado de Operações (Ciop). Até 2013, eram 91 câmeras, ou seja, dobrou o número de equipamentos instalados. As estações de monitoramento também foram ampliadas, duplicadas de oito para 16. A vigilância é feita 24 horas e todos os locais monitorados são definidos em conjunto pelas seis instituições que compõem a Segurança Pública do Estado, com base em registros de ocorrência.
Todos os equipamentos estão em postes a seis metros de altura, têm um giro de 360° e aproximação de até um quilômetro. Segundo o coordenador de Grupos Regionais do Ciop, tenente coronel Paulo Garcia, a qualidade da imagem produzida ajuda muito o serviço de monitoramento. “A câmera é capaz de identificar os dígitos da placa de um carro e a cidade de origem a uma distância de até mil metros”, afirma.
As imagens permanecem gravadas por 30 dias nos servidores do Ciop. “As instituições podem requerer essas imagens. Temos em média 45 solicitações por mês. A maioria é da Polícia Judiciária, para composição de inquéritos. Algumas ações que, num primeiro momento podem ser imperceptíveis para a gente, são de muito valor para o Judiciário”, analisa o diretor.
A agilidade e precisão são algumas das vantagens do monitoramento. “Diminuímos o tempo-resposta da ação. Se alguém tiver o celular roubado, por exemplo, não tem como ligar para o 190, então terá que pedir para alguém fazer isso. Se flagramos o momento, o despachante informa a guarnição mais próxima e a pessoa não precisa mais ligar. Além disso, em casos de tráfico de drogas, principalmente, quando há muitos envolvidos pela câmera, acompanhamos a ação e informamos via rádio a guarnição no local”, explica.
Operação – O coordenador ressalta a importância dos equipamentos em grandes eventos que aglomeram muitas pessoas, como o Círio de Nazaré, em Belém. “Em eventos assim perde-se a mobilidade das equipes de policiamento terrestres, então as câmeras são importantes para monitorar as ações nesses eventos. Elas agem com mais eficácia, em uma ação conjunta com as equipes de chão”, acrescenta.
Na operação dos equipamentos, cerca de 50 pessoas trabalham. São atendentes, monitoradores, despachantes e coordenadores. Desde 2013, o projeto começou a ser expandido para o interior do Estado, onde há Núcleos Integrados de Operações (Niops) e Centros de Atendimento e Despacho (CADs). Em Santarém são 20 câmeras, em Castanhal e Salinópolis, dez em cada, mais cinco em Capanema e cinco em fase de instalação no município de Santa Izabel do Pará.
Na capital é possível encontrar câmeras nos pontos turísticos e nos principais corredores da cidade. No complexo do Ver-o-Peso, um dos pontos mais visitados por turistas da capital, há três câmeras, que nunca são desligadas. Sem placas, elas por vezes nem são notadas. O operador de máquinas Otoniel Batista acredita que os equipamentos podem evitar ações criminosas. “Eles inibem mais as tentativas de assalto, por exemplo. Quando os bandidos sabem que há uma câmera no lugar, ficam com medo de serem pegos, ainda mais nesses lugares com muita gente”, acredita.