Emater quer melhorar infraestrutura em cinco aldeias da etnia Tembé
Uma equipe formada por técnicos da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater) dos municípios de Capanema e Santa Luzia do Pará, no nordeste paraense, vai elaborar um diagnóstico em cinco das 13 aldeias da etnia Tembé, em Santa Luzia, com o objetivo de ampliar a infraestrutura de produção de alimentos e a qualidade de vida dos indígenas. A decisão foi tomada após uma reunião, realizada em Capanema, entre técnicos da Emater e uma equipe de indígenas, liderada pelo cacique Edvaldo Santos.
Durante a reunião foram discutidos benefícios sociais, como o Programa Minha Casa Minha Vida. Alguns indígenas, por meio da Emater, receberam o Documento de Aptidão ao Pronaf (DAP), que garante a habilitação ao programa federal. Nesta primeira etapa serão construídas 100 residências para os Tembé. A Emater acompanhará todo o processo de construção, até a entrega das residências.
A empresa também apoiará os indígenas com um projeto de piscicultura, que pode ser desenvolvido conforme o modelo instalado no município de São João de Pirabas, também no nordeste paraense, que abrange toda a cadeia produtiva. Primeiramente os indígenas deverão ser capacitados sobre todo o processo de produção de peixe, que inclui construção dos tanques, alimentação, manejo e processamento do pescado.
O sistema é desenvolvido em gaiolas, mais apropriado para as aldeias. “O Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) poderá ser parceiro nessa capacitação. Nas aldeias aproveitaremos o potencial hídrico existente. Começaremos com a piscicultura e avançaremos para outras atividades”, informou o engenheiro agrônomo Jairo Eiras, da Emater.
Tudo será executado com a coordenação do técnico Emival Tembé, indígena que faz parte da equipe da Emater, que será também um dos facilitadores do projeto, principalmente na comunicação com os indígenas, já que algumas lideranças falam apenas o Tupi-Guarani.