Indústria de transformação do Pará teve melhor saldo de empregos do Norte em 2014
A indústria de transformação paraense foi a que mais gerou empregos na região Norte em 2014, segundo balanço divulgado este mês pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. De janeiro a dezembro, foram criados 1.660 postos de trabalho no setor, o melhor desempenho entre os Estados da região.
Entre os meses de dezembro de 2014 e janeiro de 2015, porém, o dado é negativo para o Estado, com a perda de 59 postos de trabalho na comparação com o mesmo período de 2013/ 214. Ainda assim, o resultado colocara o Pará como destaque no ranking nacional da oferta de vagas durante o ano passado, quando o emprego no Estado cresceu 2,16%, superando a média nacional, de 0,98%. No total, foram admitidos pelas empresas paraenses 406,8 mil trabalhadores e demitidos outros 389,8 mil, gerando saldo positivo de 17 mil postos de trabalho.
Qualificação – “A indústria paraense tem crescido consideravelmente, principalmente no setor de exploração mineral. Em novembro de 2014, o crescimento no acumulado dos últimos doze meses foi de 8,6%, e isso vem mostrando o fortalecimento da economia do Estado. No caso da indústria de transformação, tivemos um fortalecimento que pode ser refletido por este saldo positivo no período”, diz a adjunta da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), Maria Amélia Enríquez.
Para a secretária, a indústria de transformação no Pará necessita, constantemente, de mão de obra qualificada. “Quando o trabalhador busca estas qualificações, as chances de entrar neste mercado são altas. As próprias empresas têm a iniciativa de oferecer cursos para capacitar os funcionários. Na Sedeme também colaboramos com este processo, buscando parcerias que incentivem a atualização dos profissionais interessados”, continua.
Desde o início de 2014, a Sedeme – que se chamava Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração (Seicom) – iniciou uma pesquisa sobre as principais demandas exigidas pelas empresas instaladas no Estado. O objetivo é colaborar com a oferta de cursos profissionalizantes e de atualização para funcionários e trabalhadores interessados em se especializar.
Entre os setores que mais se destacaram no crescimento da indústria de transformação estão alimentos, metal/ mecânico e madeireiro, que ressurgiu no Estado a partir das novas regras exigidas por lei, além das altas exigências de mercado. “Estas indústrias se fortalecem e criam novas oportunidades de emprego. Também agregam valor a seus produtos, como é o caso da indústria madeireira, que acompanha todos os padrões de excelência exigidos pelo mercado”, diz Maria Amélia.