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Governo apresenta potencialidades do Pará a investidores japoneses

Por Redação - Agência PA (SECOM)
02/02/2015 14h40

As potencialidades empresariais do Pará serão apresentadas em um seminário promovido pelo governo do Japão. O evento, destinado a investidores daquele país, vai acontecer no dia 13 de março, em São Paulo, e será uma oportunidade de atrair novos negócios, ampliar e verticalizar a produção em território paraense. O convite para a participação do governo do Pará no seminário foi oficializado na manhã desta segunda-feira, 2, durante um encontro no Hangar Convenções e Feiras da Amazônia, entre o governador Simão Jatene, o cônsul principal do Japão, Masahiko Kobayashi, e o presidente da Nippon Amazon Aluminium CO - NAAC, (consórcio de empresas japonesas acionista da Albras), Michitaka Nakatomi.

Durante o seminário será agendada uma data para a visita de uma missão japonesa, composta por empresários, ao Pará. O grupo vai conhecer, in loco, a capacidade produtiva e a possibilidade de abertura de novos empreendimentos no estado. Na reunião, onde também estiveram presentes o diretor presidente da NAAC, Osamu Yasuda, o diretor vice-presidente da Albras, Takashi Nakamura, e o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia, Adnan Demackhi, foi articulada uma parceria que permitirá a participação de funcionários públicos estaduais em treinamentos promovidos pela Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA), órgão de planejamento urbano do governo japonês.

Os cursos, ministrados no Japão, têm o objetivo de qualificar mão de obra em diversos segmentos de mercado, nas áreas de interesse comum entre Japão e Brasil, fortalecendo as relações entre os dois países. Os candidatos são indicados pelos governos estaduais, que também escolhem os cursos relacionados às áreas de interesse. A seleção final dos candidatos é feita pela própria JICA após avaliação do histórico individual. 

O governador Simão Jatene destacou a importância de ações como essa. “Fico feliz com essa oportunidade. Temos total interesse em enviar servidores paraenses para participar desse intercâmbio. Nossa equipe de governo vai analisar e selecionar os cursos que mais podem contribuir para o desenvolvimento do nosso Estado e avaliar quais profissionais se encaixam melhor nessa demanda”, analisou o governador, que também falou da importância de diversificar a base econômica do Pará, que poderá ser fomentada durante o seminário, em março.

“A simples exportação de matéria-prima do nosso estado não tem o condão de transformar a economia e a sociedade na direção que desejamos. Temos todo interesse que a indústria do alumínio continue se desenvolvendo no Pará, contudo, temos mais interesse ainda em verticalizar a produção, agregando valor ao produto final para que a desoneração das exportações não penalize a economia e nem a população”, reiterou Jatene.

O presidente da NAAC, Masahiko Kobayashi, lembrou que 100% da produção de lingote de alumínio pela Albras é destinada ao Japão, sendo este o terceiro item da pauta nacional de exportações mais demandado por aquele país. Kobayashi falou do cenário delicado que o setor enfrenta atualmente, principalmente no que diz respeito ao fornecimento e custos de energia, que podem prejudicar a produção.

“A Albras poderá apresentar problemas de continuidade na produção diante da conjuntura energética pela qual estamos passando no país. Estamos negociando com a Eletronorte uma saída para esse problema. Precisamos de uma condição positiva para que a indústria de alumínio possa continuar no Pará e estamos estudando alternativas que viabilizem essa permanência. Nesse sentido, contamos com o apoio do governo”, declarou o presidente da NAAC.

Simão Jatene afirmou que o governo do Pará acompanha de perto o cenário mundial da produção de alumínio. “Estamos acompanhando com certa preocupação o andamento da produção nacional. Temos grandes desafios no Brasil com a questão de energia para que a indústria possa prosperar. Estamos investindo em alternativas energéticas, como a implantação de um terminal de gás, mas acredito que superaremos a crise e sairemos fortalecidos lá na frente”.