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Hospital do Leste mobiliza instituições para reduzir mortes no trânsito

Por Redação - Agência PA (SECOM)
23/09/2017 00h00

O vigilante Francisco Aldemir Rocha, 53, foi vitima de grave acidente causado pela imprudência do condutor de um carro de passeio, que lhe custou um politramautismo. O caso é mais um entre muitos a compor as estatísticas de acidentes de trânsito em Paragominas, que em 2016 registrou mais de dois mil acidentes automobilistícos, sendo que destes, 78% envolveram motociclistas, jovens e do sexo do masculino.

Esses e outros casos são exemplos dos números alarmantes que foram abordados durante a palestra “Quero andar de moto até morrer, mas não quero morrer andando de moto”, que foi ministrada pelo traumatologista-ortopedista e especialista em resgate aeromédico, José Guataçara, na sexta-feira, 22, em Paragominas. 

A palestra contou com a presença de mais de 300 pessoas entre o prefeito de Paragominas, Paulo Tocantins, demais secretários municipais, representantes de instituições parceiras e gestores da área da saúde.

A ação faz parte do projeto social “Saúde, educação e trânsito. Parceria que salva vidas”, do Grupo de Trabalho de Humanização (GTH) do Hospital Regional Público do Leste (HRPL), que reúne a parceria com a Prefeitura de Paragominas e demais instituições públicas e privadas da região, com o objetivo de chamar a atenção da sociedade para os elevados índices de mortos e feridos no trânsito no Pará e no Brasil.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), anualmente 1,3 milhão de pessoas morrem por conduta imprudente no volante e, a maioria dos que sobrevivem ficam com sequelas, muitas vezes, irreversíveis. Em Paragominas a situação não é diferente. O vigilante Francisco, que deu entrada no Pronto Atendimento (P.A) do HRPL, dia 8 deste mês, em estado grave, faz questão de apontar as consequências do seu acidente: seis costelas fraturadas, fratura na perna esquerda com perda óssea, deslocamento da omoplata, e diversas escoriações pelo corpo. “Passei cinco dias na UTI, agora estou na enfermaria e em franca recuperação graças ao atendimento especializado da equipe do hospital que possui uma estrutura para casos graves”, comentou o usuário que apela para o bom senso dos demais condutores de veículos (carros ou moto) para evitar mortes, feridos e mais pessoas com seqüelas. “Agora  vou redobrar os cuidados no trânsito, depois desse susto”, prometeu o usuário.

De acordo com o diretor executivo do hospital, o especialista em administração hospitalar, Júlio Garcia, somente no primeiro semestre deste ano, o HRPL registrou quase 200 atendimentos a vítimas de acidente de trânsito. Desses, mais de 87% causados por motocicletas. No Brasil são mais de 40 mil mortes por ano. Ele revelou que, em levantamento feito esta semana, foi registrado num único dia, 13 internações de vítimas de acidente de motocicletas. “Isso tem que acabar”, desabafou.

O gestor reforça a necessidade de união de todos. “Precisamos nos unir para mudar essa realidade e, isso, cabe a cada um de nós, praticando atitudes seguras e responsáveis no trânsito”.

De acordo com as informações do coordenador de Trânsito, em Paragominas, Natanael Costa, som,ente ano passado, houve mais de 2mil acidentes, entre carros e motos. De janeiro até agora quase 1.190 colisões com um saldo de sete mortos.

Segundo dados da OMS, o Brasil é o quinto pais do mundo em mortes no trânsito. Isso tem que mudar”, destacou o gestor que agradece todas as instituições parceiras envolvidas na ação de responsabilidade social para salvar vidas.

Júlio Garcia informa ainda que no primeiro semestre deste ano, 55% das vitimas de acidente de trânsito , atendidas no hospital, são de alta complexidade  e, “provavelmente terão algum tipo de sequela pelo resto de suas vidas”.

A OMS tem outros números que reforçam a necessidade de mais prudência dos condutores: o trânsito é a 9º causa de óbitos no mundo. Os acidentes são o que mais matam na faixa entre 15 e 29 anos. Sem ações de conscientização, estima-se que 1,9 milhão de pessoas devem morrer no trânsito em 2020.

De acordo com dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF), em 2016, as principais causas de acidentes foram a falta de atenção, alta velocidade, ingestão de álcoo e desobediência à legislação, entre outros.

O projeto social atualmente conta com apoio das seguintes instituições: Prefeitura Municipal e as Secretarias Municipais de Educação, Cultura, Saúde, Departamento Municipal de Trânsito (Demutran), SBOT (Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia), Detran, Polícia Militar (PM), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Corpo de Bombeiros, SAMU, Associação de Motociclistas de Paragominas, Abutres de Paragominas; mototaxistas de Paragominas e empresas privadas, que estão gerando ações conjuntas para alertar a população de que esse é um problema de toda sociedade. O projeto está aberto para novas parcerias.

Serviço: O Hospital Regional do Leste fica na rua Adelaide Bernardes, s/n, no bairro Nova Conquista, em Paragominas. Mais informações pelos telefones (91) 3739-1046 / 3739-1253 / 3739-1102.