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Governo estrutura plano estadual de pesca e aquicultura

Por Redação - Agência PA (SECOM)
13/03/2015 21h38

As linhas do novo plano estratégico para o desenvolvimento da pesca e aquicultura no Pará já constam de um documento elaborado durante a reunião de trabalho encerrada nesta sexta-feira (13), na Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa). O workshop foi uma iniciativa da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), com o objetivo de criar políticas públicas voltadas à organização e ao crescimento do setor.

Durante três dias, técnicos de instituições estaduais e federais, e representantes do setor produtivo ligados à pesca e aquicultura no Estado discutiram as dificuldades e sugeriram ações para superar os problemas e atrair investimentos ao setor. A orientação foi do especialista em Direito Empresarial pela Universidade de São Paulo, Gabriel Pesce Júnior, e dos consultores João Lorena Campos, engenheiro agrônomo, mestre em Aquicultura pela Universidade do Alabama (EUA), e Mutsuo Asano Filho, mestre em Engenharia de Pesca pela Universidade Federal do Ceará.

Para Gabriel Pesce, o sucesso do plano vai depender do desempenho de todos os órgãos envolvidos.  “Mais que conhecimento técnico é importante que haja maior articulação entre os parceiros para que o plano dê certo. Também é preciso haver mais interesse dos produtores e a valorização do produto, pois sem informação não há investimento”, explicou o especialista.

A secretária-adjunta da Sedap, Eliana Zacca, reforçou a necessidade de criação de câmaras técnicas ligadas ao Conselho Estadual de Pesca e Aquicultura, para discussão e monitoramento permanente dos problemas do setor. Eliana Zacca explicou que a fusão da pesca com a agricultura resultou numa secretaria mais forte, que passa a controlar todas as ações do setor agropecuário de forma mais integrada. “Não existe desenvolvimento sem capital, e se não tem é preciso buscar em outras esferas do governo, e até com a iniciativa privada”, frisou a secretária.

Redução de custo - Entre as ações indicadas para o plano da pesca e aquicultura está a redução do custo do pescado por meio da regulamentação do processo de escoamento do produto, evitando a saída do peixe sem agregar valor ao Estado e aumentando a oferta no mercado. Também constam do documento a simplificação do processo de regularidade ambiental, melhoria na assistência técnica e capacitação de técnicos e produtores, além de melhor direcionamento da pesquisa aplicada ao setor.

O documento propõe ainda a elaboração de um diagnóstico macro da pesca no Pará para saber quanto se produz, onde, como e para onde vai a produção. Essas informações são importantes para organizar o setor e situar o Pará no hanking nacional como maior produtor de pescado. Na aquicultura estima-se que a produção atual atinge 12 toneladas, mas a meta é atingir 30 mil toneladas com a execução do plano.

O presidente da Faepa, Carlos Xavier, considera que a pesca pode mudar a realidade das famílias que vivem no Arquipélago do Marajó, uma das áreas de menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). “Temos 3,2% da água doce do mundo e não sabemos utilizar esse potencial. Espero que esse plano mude a realidade da pesca no Pará”, disse Carlos Xavier.