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AGRICULTURA

Hortaliça hidropônica é alternativa para salvar produção em Brasil Novo

Por Redação - Agência PA (SECOM)
17/03/2015 10h56

A Empresa de Assistência Tecnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) em Brasil Novo, na BR-230, a Transamazônica, começou a colher os primeiros resultados do trabalho realizado na Escola Carlos Pena Filho, na zona rural do município, com a transferência de tecnologia para o resgate da produção de hortaliças folhosas, em especial o alface, prejudicada por causa da contaminação do solo devido à cercosporiose, praga que ataca o plantio e destrói até 90% da produção. A hidroponia foi a alternativa apresentada pela Emater para resolver o problema.

Na última semana a Emater, alunos e professores se reuniram para a colheita no sistema hidropônico. O plantio sem a utilização do solo tem garantia de viabilidade ambiental, uma vez que precisa de um espaço menor para a produção das plantas, com qualidade garantida e o cultivo feito de forma agroecológica. “Em um espaço de cinco metros por quinze metros podemos colher por ano até 160 mil plantas hidropônicas e no caso do plantio tradicional de hortaliças, esse número não ultrapassaria as 80 mil plantas”, adianta o engenheiro agrônomo da Emater, Giovane Couto.

Para trabalhar o processo, a Emater implantou uma Unidade Demonstrativa de hortaliça. No espaço foram semeadas 1200 plantas. A unidade também será utilizada como um campo de produção de plantas para beneficiar outros agricultores no município. O sistema hidropônico também tem retorno financeiro garantido, já que por planta o custo de produção não ultrapassaria R$ 0,40 e na região pode ser comercializada por até R$ 2,50.

A Emater diz que várias situações podem ter causado a infecção no solo. O plantio de uma muda doente é uma das possibilidades ou até que o fungo tenha sido trazido na terra do solado do sapato de alguém. A Emater diz que o tratamento no solo é longo, mas o quadro pode ser revertido. “Tudo o que foi produzido aqui também servirá para melhorar a qualidade da alimentação dos alunos”, diz a monitora da Escola Carlos Pena Filho, Sueli Lira.

A partir do próximo ciclo, em cerca de 30 dias, a Emater acredita que já sejam beneficiados os primeiros 15 agricultores com as mudas de alface hidropônica. A ideia é que os agricultores beneficiados consigam ser autossuficentes na produção a partir do recebimento das mudas.