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Governo melhora serviços na travessia do Rio Moju

Por Redação - Agência PA (SECOM)
17/03/2015 20h30

O governo do Pará iniciou na manhã desta terça-feira (17) uma força-tarefa para minimizar os transtornos causados pelo acidente na ponte Moju Cidade, pertencente ao complexo de pontes da Alça Viária, na Rodovia PA-150. Para intensificar os serviços de segurança e infraestrutura durante a travessia das balsas na área, a Secretaria de Estado de Transportes (Setran) criou um grupo de trabalho formado por profissionais de diversos órgãos - Polícia Militar, Polícia Civil, Departamento de Trânsito do Pará (Detran), Agência de Regulação e Controle de Serviços Públicos (Arcon) e Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup). De forma integrada, o GT já começa a melhorar os serviços prestados à população.

“A primeira medida adotada pelo grupo foi a implantação de mais uma balsa 24 horas para atuar na travessia de veículos. Apesar da existência de três embarcações operando com veículos de pequeno e grande porte, desde o início dessa operação, apenas uma das balsas apresentava o serviço 24 horas. Com essa alteração, agora teremos duas grandes embarcações operando sem intervalo durante todo dia, garantindo mais rapidez ao  usuário”, explicou o coronel Roberto Damasceno, coordenador do Grupo de Trabalho.

Além da melhoria na travessia de veículos, outras medidas adotadas pela força-tarefa que já começam a ser percebidas no local são a recuperação da rampa de acesso à balsa, limpeza nas margens do rio, instalação de banheiros químicos, recuperação do trapiche de passageiros, aumento do efetivo de agentes do Detran, ampliação no pátio de manobra de veículos e sinalização de toda área. “Enquanto a obra de reconstrução da ponte ainda estiver em vigor, nós, enquanto Estado, vamos estar presente, atuando de forma efetiva, principalmente em relação ao problema da contenção e reorganização do embarque e desembarque de passageiros no local”, destacou Roberto Damasceno.

Menos espera - Apesar da existência de filas de veículos nas duas margens do Rio Moju, agentes do Detran garantem que o tempo de espera pela travessia vem diminuindo. “A média de espera hoje é bem menor do que em março do ano passado. Mesmo com o aumento do fluxo de veículos na área, principalmente caminhões, a média de espera de um carro na fila atualmente é de meia hora para um carro de passeio e duas horas para um caminhão. Entendemos que isso causa transtorno, mas sabemos que a demanda de veículos aqui é muito grande”, afirmou o agente de Trânsito, Luiz Vinícius.

Na visita ao município de Moju, na manhã desta terça-feira (17), o Grupo de Trabalho ouviu os usuários do serviço de balsa e fiscalizou as novas ações implantadas no local. Após a vistoria, a comitiva retornou a Belém para participar de uma reunião com o sistema de segurança pública do Estado. A principal pauta do encontro foi a deliberação das próximas ações para que a travessia entre uma margem e outra do Rio Moju seja feita com mais segurança, rapidez e comodidade.

Segundo os representantes dos órgãos de segurança pública responsáveis pela fiscalização na área, a maior embarcação tem capacidade para 50 veículos grandes, e as de menor porte transportam 40 carros grandes e pequenos. Equipes da Setran, agentes do Detran e do Corpo de Bombeiros também atuam no atendimento à população no local, para garantir maior segurança a motoristas e moradores do entorno.

Reconstrução - Enquanto os serviços na travessia são intensificados, no canteiro de obras montado ao lado da estrutura atingida no acidente, uma balsa, dois rebocadores e uma lancha garantem a eficiência no processo de reconstrução da via danificada. Com a ajuda de um rompedor hidráulico, equipamento semelhante a uma britadeira, usado para demolir os destroços submersos, os operários retiram os blocos de concreto de dentro d’água e encaminham o material para outra balsa, de acordo com as normas ambientais.

Paralelamente ao trabalho de demolição dos destroços submersos, o projeto deve contar nos próximos dias com o auxílio de uma máquina criada exclusivamente para a demolição dos lingotes e vãos atingidos no acidente. Um equipamento denominado A-frame, desenvolvido exclusivamente para esse serviço, vai retirar, com o máximo de precisão, os pedaços de concreto pendurados da ponte e os seis vãos atingidos. Semelhante a um pórtico, a ferramenta vai retirar as partes danificadas e colocar as peças diretamente em uma balsa, para que o material não entre em contato com o rio.

“É importante destacar a complexidade dessa obra. Além do processo de engenharia minucioso, priorizando a preservação de parte da estrutura e seguindo todas as normas ambientais, ainda temos a questão das variações causadas pelo vento e pela maré”, explicou Tiago Garcia, engenheiro responsável pela obra de reconstrução da ponte.