Arraia Xingu é a nova habitante do Mangal das Garças
O Mangal das Garças ganhou uma nova moradora. Na terça-feira, 24, uma arraia da espécie Potamotrygon Leopoldi passou a habitar o lago da reserva José Márcio Ayres, o borboletário do Mangal. O animal foi doado por uma empresa de exportação de peixes ornamentais, devido estar acima do tamanho regulamentado para exportação.
Nos lagos do borboletário já vivem piranhas, vitórias-régias e agora uma parte será disponibilizada para arraias, como explica Igor Seligman, biólogo e gestor do parque. “O Mangal tem o objetivo de que essa seja apenas a primeira, então estamos preparando o lago do borboletário para receber mais arraias. Iniciamos um processo de tratamento diferenciado da água, para que ela fique cristalina e o visitante possa visualizar melhor”.
Ao chegar no parque, o animal precisou passar por adaptação. “Foi feito um processo de aclimatação, para que ela se acostumasse com a temperatura da água, fomos inserindo aos poucos a água do lago no recipiente, até que pudéssemos soltá-la de vez. Um processo que durou duas horas”, contou Stefânia Miranda, veterinária do Mangal.
A Potamotrygon Leopoldi, também chamada de Arraia Xingu ou Arraia Negra, é uma arraia de água doce, encontrada no rio Xingu. É uma espécie ameaçada pela degradação de seu habitat, proveniente de atividades como expansão da agricultura, mineração, pesca e exploração madeireira.
Um dos principais motivos de se ter este animal em exposição no Mangal é a educação ambiental. “Todos os animais que vivem no parque e a forma como são expostos é uma maneira de ensinar o visitante a preservar e respeitar aquele bicho. O gênero potamotrygon são as arraias de fogo, mas precisamos desmistificar a ideia que se tem de que esses bichos são maus e agressivos. Uma arraia só vai ferrar alguém se ela for pisada ou se sentir ameaçada. É uma reação de defesa”, destaca Igor.
Serviço:
O Mangal das Garças funciona de terça a domingo, de 9h às 18h. O acesso à reserva José Márcio Ayres é de R$ 5. Estudantes pagam meia.