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Imprensa nacional destaca projeto de ferrovia no Pará

Por Redação - Agência PA (SECOM)
30/03/2015 11h04

O projeto de construção de uma ferrovia em território paraense, cujos estudos de viabilidade acabam de ser autorizados pelo governo do Estado, ganhou repercussão na imprensa nacional e internacional nos últimos dias. Produzida na quinta-feira, 25, pela Agência de Notícias Reuters, a matéria contém detalhamentos do projeto e opiniões de segmentos do setor público e do setor de produção. Desde a sua distribuição, o texto abriu espaço nos principais jornais e blogs do Brasil e na imprensa internacional, evidenciando a importância do projeto.

A reportagem original, intitulada “Investidores planejam ferrovia e porto de R$ 16 bi no Pará”, destaca que a construção da ferrovia paraense é especialmente esperada pelas companhias mineradoras e pelos empreendedores do agrobusiness. “A futura estrada de ferro, já batizada de Fepasa, deverá ligar áreas de extração de minerais e de produção agrícola a um porto a ser construído no município de Colares, ao norte de Belém, passando pelo porto de Vila do Conde, em Barcarena”, informa a Reuters.

Os investimentos privados previstos para o empreendimento são de 8 bilhões de reais, mais 6 bilhões para o porto e outros 2 bilhões para a construção de um condomínio industrial próximo ao porto. Quando ficar pronta, a ferrovia será uma alternativa mais barata para o escoamento da produção oriunda do sul e sudeste do Pará, além de promover a integração entre os modais rodoviário e fluvial, estabelecendo um circuito multimodal para o transporte de carga pesada. Uma solução ideal para a região amazônica, por ser menos agressiva ao meio ambiente e portanto, mais adequada ao desenvolvimento sustentável, que é uma premissa do governo Simão Jatene.

A ferrovia terá 1,2 mil quilômetros de extensão e seguirá um traçado paralelo ao que foi prospectado no projeto de Ferrovia Norte-Sul, mas nunca efetivado em solo paraense pelo governo federal. Desse modo será possível conectar as duas ferrovias, a estadual e a federal, na divisa do Pará com o Maranhão. “A expectativa do governo do Estado é de que já no primeiro ano de funcionamento da ferrovia a demanda será de quase 30 milhões de toneladas, principalmente minérios e grãos, com o volume subindo para 48 milhões de toneladas anuais em cinco anos”, detalha a agência de notícias alemã.

A região de Colares foi escolhida porque tem calado natural profundo, permitindo a atracação de navios de grande porte que atualmente não conseguem acessar terminais em Santos (SP) e Paranaguá (PR), por exemplo.

“A implantação de uma ferrovia com traçado captando os minérios e os produtos do agronegócio, tornará o Pará uma das regiões mais competitivas em todo o mundo, pela proximidade de um porto de águas profundas, atualmente Vila do Conde, e futuramente o novo porto de Colares. Esses fatores atuam de forma a atrair grandes indústrias e atividades econômicas para o futuro Condomínio Industrial portuário que integra o Projeto”, afirma Adnan Demachki, titular da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme).