Defesa Civil segue monitorando municípios em situação de alerta

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A Defesa Civil do Estado continua monitorando a situação dos municípios do interior paraense impactados pelas chuvas e pelas erosões durante o inverno amazônico, sobretudo, nas regiões nordeste, sudeste e oeste do Pará. Atualmente, 10 deles estão em estado de alerta, de acordo com o último levantamento do órgão estadual: Rondon do Pará, Barcarena, Bragança, Juruti, Capitão Poço, Itaituba, Monte Alegre, Vitória do Xingu, Medicilândia e Uruará. Até o momento, cerca de 60 mil pessoas foram afetadas direta ou indiretamente pelas ocorrências.

De acordo com a major Alessandra Pinheiro, da Divisão de Apoio Comunitário (DAC) da Defesa Civil, equipes foram deslocadas para os locais para dar suporte às coordenadorias municipais, que estão à frente dos trabalhos, para auxiliar no monitoramento e na assistência às famílias desalojadas ou desabrigadas em decorrência de inundações, alagamentos e enxurradas. Naqueles em que ainda não existe uma coordenadoria instalada, a própria Defesa Civil Estadual tem mobilizado os órgãos responsáveis, como forma de amenizar os impactos para a população.

“Logo que recebemos a demanda desses municípios enviamos uma equipe até o local para fazer uma visita técnica e montar uma estratégia de atuação imediata. Também montamos uma sala de situação para monitorar os avanços daquela ocorrência. Quando existe uma coordenadoria municipal, a gente dá suporte sobre os passos que precisam ser tomados para que haja o reconhecimento daquela ocorrência pela União. Nem toda situação cabe esse reconhecimento, mas todas têm que ser registradas”, explica a major Alessandra.

Dos municípios que já registraram as ocorrências, apenas Rondon do Pará, no sudeste do Estado, foi oficialmente declarado em situação de emergência. Desde janeiro, o município tem sido um dos maiores impactados pelas fortes chuvas, o que ocasionou a formação de crateras. O fenômeno, que antes não apresentava tanta incidência no Pará, agora vem sendo observado de perto pela Defesa Civil. Outros três municípios também pleiteiam o reconhecimento de emergência: Juruti, Capitão Poço e Monte Alegre. Os demais estão em situação de alerta.

Capacitação

Apesar de abrandar os impactos, Alessandra Pinheiro destaca que o principal foco da Defesa Civil é atuar na capacitação e na prevenção, junto aos municípios. Somente neste ano, cinco municípios considerados estratégicos já receberam as palestras: Marabá, Tucuruí, Redenção, Bragança e Alenquer. Nesta semana, a capacitação ocorre em São Miguel do Guamá, no nordeste do Estado. O próximo a receber será Baião. Para o curso, também são convocados gestores dos municípios do entorno.

A atividade é um dos pontos previstos no Plano de Contingência para Desastres Hidrológicos da Defesa Civil. “Nossa intenção é realmente chamar a atenção desses municípios sobre a importância de se ter uma estratégia de atuação definida para as diversas situações de desastres naturais e uma coordenadoria que execute os trabalhos. Até porque não basta só remediar quanto acontece é preciso prevenir. E aí está justamente a importância dessas coordenações em atividade”, ressalta a chefe de Divisão de Apoio Comunitário.

Serviço:
Os municípios interessados em formar uma coordenadoria de Defesa Civil devem entrar em contato com o órgão, pelo telefone (91) 4006-8387, ou pelo email: [email protected].