Oficina discute fluxos de assistência em saúde na Região Metropolitana
No Sistema Único de Saúde (SUS), o usuário atendido pela Unidade Básica de Saúde que necessitar de atendimentos mais complexos é inscrito nas chamadas centrais de leitos. Para os profissionais de saúde, isso se chama Regulação, utilizada também para definir, ainda que de forma simplista, o tráfego de informações entre os vários entes federados a fim de aperfeiçoar o atendimento de quem procura a saúde pública.
Durante dois dias, vários temas em desse fluxo estarão sendo abordados na primeira Oficina de Regulação em Saúde, aberta nesta quinta-feira, 16, na Escola de Governança Pública do Pará (EGPA). Organizada pela Diretoria de Desenvolvimento e Auditoria dos Serviços de Saúde (DDASS) da Secretaria de Estado de Saúde Pública, a oficina tem como público-alvo os técnicos das Coordenações de Atenção Básica e da Regulação em Saúde dos municípios de Ananindeua, Belém, Benevides, Marituba e Santa Bárbara. De forma específica, a atividade reforça a necessidade de revisar e atualizar os protocolos de acesso às consultas e exames especializados e internações em serviços de média e alta complexidade, na Região Metropolitana de Belém.
Mais de 200 pessoas participam da atividade, que está sendo acompanhada pela secretária de Estado de Saúde, Heloisa Guimarães. Ela novamente elogiou o interesse dos participantes, a exemplo do que ocorreu um dia antes, por ocasião da abertura do Seminário de Regulação. “A a oficina vai contribuir na qualidade da assistência, além de aprimorar a atuação dos gestores na rede hospitalar”, disse.
No decorrer do dia, uma série de palestras, mesas redondas e trabalhos em grupo abordaram, principalmente, os desafios e facilidades vivenciadas no acesso regulado aos serviços de média e alta complexidade no Estado, sobretudo em Oncologia, em consultas de cabeça e pescoço e Neurologia. João Marcelo Barreto Silva, técnico do Departamento de Regulação, Avaliação e Controle do Ministério da Saúde (MS), falou sobre o papel dos entes federados na garantia do acesso aos serviços de média e alta complexidade, considerando a descentralização da gestão para os entes municipais. Na sequência, os serviços voltados à Oncologia estiveram no foco da palestrante Maria do Carmo Rausch, subsecretária de Regulação de Minas Gerais, que expôs a modelagem operacional do Sistema Estadual de Regulação Assistencial daquele Estado.
Ainda durante a manhã, o protocolo de ingresso no Serviço de Oncologia da Unacon de Santarém e suas implicações com a rede de referência e contra-referência foi tratado por Tatiane dos Santos, diretora do Serviço de Apoio, Diagnóstico e Terapêutica (SADT) da Unacon daquele município. Vitor Matheus, diretor geral do Hospital Ophir Loyola, apresentou o protocolo de ingresso aos Centros de Alta Complexidade de Oncologia (Cacons) de Belém.
A oficina prosseguirá nesta sexta-feira, durante todo o dia, com uma mesa redonda formada por dois temas. Na sequência, os participantes serão divididos em três salas para discutir propostas lançadas durante as mesas para que, à tarde, sejam apresentados na forma de trabalho de grupo, mediante realização de plenária.
Serviço: I Oficina Estadual de Regulação em Saúde. Dias 16 e 17, na Escola de Governança Pública do Estado do Pará (EGPA).