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Pará continua apresentando redução do número de casos de dengue

Por Redação - Agência PA (SECOM)
17/04/2015 09h34

O quarto Informe Epidemiológico sobre a situação da dengue no Pará, divulgado nesta quinta-feira, 16, pela Coordenação do Programa Estadual de Controle da Dengue, confirma que o Estado continua mantendo sob controle a doença. Até o dia 15 de abril deste ano foram confirmados 1.008 casos de dengue em todo o Estado. Os números estão bem abaixo dos registrados no mesmo período do ano passado, quando 1.705 pessoas já haviam sido oficialmente diagnosticadas com a doença, o equivalente a uma queda de 40,87%.

Neste ano, o primeiro caso de óbito por dengue no Pará foi confirmado na quarta-feira, 15, referente a uma criança de seis anos atendida numa unidade de saúde da rede privada. Já em 2014 foram registradas quatro mortes pela doença no Pará, sendo uma de pessoa residente em Oriximiná (ocorrido em São Luís), outro em Altamira e os demais residentes em Ananindeua e em Vitória do Xingu. Em 2013, os casos de óbito chegaram a oito. A Sespa orienta que as Secretarias Municipais de Saúde informem em um período de 24 horas a ocorrência de casos graves e mortes suspeitas.

Para a confirmação de óbitos é necessária a investigação epidemiológica com aplicação do Protocolo de Investigação de Óbito do Ministério da Saúde, que prevê exames específicos em laboratórios credenciados do Estado, como Laboratório Central (Lacen) e Instituto Evandro Chagas (IEC) - que são preconizados pelo Programa Nacional de Controle da Dengue - para o correto encerramento de casos graves e óbitos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).

Vale lembrar que, desde o ano passado, o Ministério da Saúde adotou uma nova classificação para casos de dengue, proposta pela Organização Mundial da Saúde (OMS): dengue, dengue com sinais de alarme e dengue grave, em substituição à classificação anterior, que era dengue clássico, dengue com complicações e dengue hemorrágico.

Os municípios com maior incidência de casos confirmados neste ano são: Belém (308), Altamira (140), Senador José Porfírio (91), Parauapebas (64), Ponta de Pedras (40), Marabá (27) e Canaã dos Carajás (24).

Com objetivo de diminuir os casos de dengue na capital, onde se concentra maior incidência da doença, a Sespa iniciou uma série de atividades que estão sendo realizadas juntamente com a Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma). As ações se concentram nos bairros da Pedreira, Sacramenta, Guamá, Cidade Velha e Marco. Os agentes envolvidos nos trabalhos foram capacitados sobre o uso de “Dragnet” (Aerossysten) - inseticida de combate ao mosquito transmissor da dengue. Eles também receberam orientações teóricas e práticas para o aperfeiçoamento do controle vetorial.

A coordenadora estadual do Programa de Controle da Dengue, Aline Carneiro, explicou que, por se tratar de bairros com mais casos notificados, a operação visa reduzir o índice de infestação. “Estamos intensificando a borrifação intradomiciliar e a extradomiciliar. A ideia é controlar a doença nestes bairros, que representam o maior risco na capital”, explicou.

Paralelo a isso, a Sespa faz o monitoramento dos 144 municípios que receberam o incentivo do Ministério da Saúde para vigilância, prevenção e controle da dengue, e distribui às prefeituras larvicidas e adulticidas. A secretaria também faz visitas técnicas aos municípios para assessoramento das ações do programa da dengue, além de apoiar a capacitação sobre o Chikungunya, promovida pelo Ministério da Saúde, em Belém, no período de 30 de setembro a 2 de outubro passado, para profissionais de saúde dos 13 Centros Regionais e municípios do Estado.

Quando há necessidade, a Sespa também faz o controle vetorial, como bloqueio de transmissão viral nas localidades, e articula ações com órgãos municipais de saneamento e limpeza urbana, tendo em vista a melhoria da coleta e destinação adequada de resíduos sólidos. Também fazem parte das ações atividades de educação e mobilização, visando à participação da população no controle da dengue.

Febre chikungunya

O vírus da febre chikungunya também está controlado e não há registros de transmissões ocorridas dentro do Estado. Em 2015, três casos importados da doença foram confirmados no Pará por critério laboratorial adotado pelo Instituto Evandro Chagas (IEC), em Belém. No ano passado 16 casos foram confirmados, todos em turistas oriundos da Guiana, Caribe e Oiapoque, que manifestaram sintomas durante passagem pela capital paraense e que evoluíram para a cura, mediante assistência da Sesma, com apoio da Sespa. Não houve registro de nenhum óbito por chikungunya no Estado.

O Departamento de Endemias da Sespa alerta que a preocupação com esse vírus é semelhante ao que se deve ter com o da dengue. Para ambas as doenças o tratamento é apenas paliativo, de suporte e de correção de sequelas. Logo, é preciso diminuir a incidência do mosquito transmissor. A febre Chikungunya é causada por um vírus do gênero Alphavirus e transmitida por mosquitos do gênero Aedes. Os sintomas da doença são semelhantes aos da dengue – febre alta, dor muscular e nas articulações, cefaleia e exantema – e costumam durar de três a dez dias.

Serviço:
?Mais informações sobre dengue e febre chikungunya são fornecidas pelas Secretarias Municipais de Saúde de Ananindeua (91) 3073-2220; Marabá (94) 3324-4904; Marituba (91) 3256-8395; Santarém (94) 3524-3555, e Tucuruí (94) 3778-8378. Em Belém, além dos telefones (91) 3344-2475, 3344-2459 e 3277-2485, estão disponíveis os telefones dos Distritos Administrativos da Prefeitura: Daben (3297-3275), Daent (3276-6371), Dagua (3274-1691), Daico (3297-7059), Damos (3771-3344), Daout (3267-2859), Dasac (3244-0271) e Dabel (3277-2485).