Seduc inicia retomada de aulas na capital e no interior do Estado
Começou nesta segunda-feira, 27, a retomada de aulas na rede pública estadual de ensino. Por conta da greve dos professores, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), contratou professores temporários para que o ano letivo de 200 dias de atividades não seja comprometido. “Essa volta está mais nos bairros da periferia do que no próprio centro de Belém, e aí nós já estamos encaminhando para onde não há retorno de professores os contratados para efetivarmos as nossas aulas”, explicou a secretária adjunta de ensino, Ana Cláudia Hage
Junto com a contratação de professores temporários, a Seduc irá descontar as faltas dos profissionais que permanecerem em estado de greve. A reposição das aulas ocorrerá em sintonia com o calendário letivo de cada escola. “Temos escolas que paralisaram totalmente, escolas que paralisaram parcialmente e escolas que não paralisaram as atividades. Então vamos ter três modelos de calendário. Cada escola vai reunir o seu Conselho Escolar, que é a instância na escola que tem a representação de pais de alunos, de professores e servidores, para montar seu calendário e encaminhar para ser consolidado dentro da Secretaria, contanto que os dias parados, que já ultrapassam 20 dias, sejam todos cumpridos na íntegra dentro do calendário de cada escola”, completou.
A última proposta apresentada pelo governo do Estado ao sindicato dos professores contava com uma jornada de 220 horas, já concedendo suplementação de 70 horas a mais que na primeira negociação. Com isso, cada professor receberia por 284 horas mensais, já contando as horas-atividade, deixando o salário em início de carreira em R$ 5.525,54. Esse valor, no entanto, pode chegar a R$ 8.840,10, quando acrescido de vantagens pessoais. Isso representa entre 10 e 12 horas de trabalho por dia - limite, no entendimento da Seduc, que não compromete a qualidade do ensino em sala de aula.