Sectet e instituições de ensino e pesquisa debatem Plano Diretor
A Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Técnica e Tecnológica (Sectet) sediou, na manhã desta terça-feira, 28, reunião envolvendo gestores de algumas das principais instituições de Ciência e Tecnologia da Amazônica Oriental. O objetivo do encontro foi apresentar o Plano Diretor da Sectet 2015-2019, que está em fase de elaboração, e, dessa forma, colher contribuições para aprimorar o documento.
O titular da Sectet, Alex Fiúza de Mello, ressaltou a importância de envolver as instituições na elaboração do planejamento estratégico. “Passamos por um cenário marcado por contingenciamentos e crises. Não há possibilidade real de desenvolver a Educação Profissional, a Ciência e a Tecnologia no estado do Pará, se não estabelecermos parcerias e somarmos recursos de diferentes fontes. Por isso, é fundamental que nossas ações estejam alinhadas”.
Na ocasião, os dirigentes tiveram a oportunidade de conhecer a principais linhas de ação e metas previstas no Plano, as quais foram apresentadas pelos diretores técnicos da Sectet. A conclusão da Infovia Sudeste do Pará, do Programa Navegapará; a conclusão e consolidação do Parque de Ciência e Tecnologia Guamá (PCT Guamá); a implantação do Laboratório FarmaViva, em Santarém; a criação da empresa pública de fármacos “ParaFarma”; o incentivo e expansão das ações de Indicação Geográfica de produtos, entre eles a “farinha de Bragança” e o “Queijo do Marajó”; a efetivação de vagas em cursos profissionalizantes e a implantação de um sistema de Educação a Distância para cursos de educação técnica e tecnológica foram algumas das ações apresentadas durante o encontro.
Alex Fiúza de Mello lembrou que, apesar do Plano Diretor estar em fase de elaboração, a Sectet tem trabalhado na articulação com instituições ligadas às esferas estadual e federal, usando recursos próprios em contrapartidas com parcerias institucionais. Exemplo dessa estratégia é o termo de cooperação técnica, celebrado em março deste ano, entre Sectet e Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) para efetivação das vagas disponibilizadas pelo Pronatec. Outra iniciativa é o acordo que será assinado com o Banpará, já no mês de maio, para expansão da rede de fibra óptica do Navegapará. “Temos o compromisso de fazer a sociedade entender que o conhecimento pode ter grandes impactos no desenvolvimento socioeconômico do nosso Estado. Vamos fazer isso por meio de resultados”, frisou.
Contribuições - O pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal do Pará (UFPA), Emmanuel Tourinho, ressaltou que o documento sintetiza bem as demandas do setor e pontuou como positivo o alinhamento das ações previstas no Plano às propostas da Fapespa e a busca por promover ações focadas na articulação com o setor produtivo.
O interior do estado se fez representado pela Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), de Marabá; e pela Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), de Santarém. A reitora da Ufopa, Raimunda Monteiro, destacou o fato de o governo do Estado, por meio da Sectet, se configurar como um elemento agregador no Plano. “Falando sob a perspectiva de uma universidade que se encontra na periferia geográfica do estado, a qual demanda todo um conjunto de infraestruturas para poder gerar um ambiente favorável à inovação, não vejo outra forma de alcançarmos isso se não for pela integração dos atores estratégicos”.
Também estiveram presentes gestores das seguintes instituições: Universidade do Estado do Pará (Uepa), Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), Centro Universitário do Estado do Pará (Cesupa), Embrapa Amazônia Oriental, Instituto Evandro Chagas, Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) e Parque de Ciência e Tecnologia Guamá.
Perspectivas - Uma versão preliminar do Plano Diretor 2015-2019 será lançada na primeira quinzena de maio e ficará disponibilizada no site da Sectet para acesso público, durante um mês. Nesse período, qualquer pessoa poderá enviar contribuições para aprimorar o documento. “Desta forma, democratizamos, ainda mais, o processo de elaboração do Plano para que ele se efetive como uma agenda consensual das ações prioritárias ligadas setor de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional do Estado e se desdobre em benefícios para toda a população”, concluiu o titular da Sectet.