Alunos da Educação Especial da Seduc conhecem o Graesp
Um grupo de alunos da Educação Especial, que recebe atendimento especializado na Escola Estadual Aldebaro Klautau, do bairro do Tapanã, em Belém, teve uma manhã diferente nesta quarta-feira (20). Os estudantes foram recebidos no Hangar do Governo do Estado, que fica na área do Aeroporto Internacional de Belém, pela equipe do Grupamento Aéreo de Segurança Pública (Graesp). No local, os alunos puderam ver de perto as aeronaves usadas nas operações aéreas do governo do Estado e aprender sobre o funcionamento das máquinas.
Segundo o secretário adjunto de Logística e Gestão Escolar, Roberto Campos, a ideia era dar a essas crianças a oportunidade de conhecer o aparato de segurança pública do Estado e promover a integração entre as secretarias, no caso, as de Segurança Pública (Segup) e de Educação (Seduc). “É importante mostrar para a população e para as nossas crianças que a segurança pública não se faz apenas com homens armados, mas há todo um aparato a serviço do cidadão”, destacou.
O diretor do Graesp, tenente-coronel Márcio Bailosa, explicou que, hoje, o grupamento conta com nove aeronaves no total, sendo seis helicópteros e três aviões, que ficam espalhados nas bases de Belém, Marabá e Altamira, prontos para qualquer eventualidade. A principal missão do grupamento é a prevenção de assaltos a bancos, sobretudo neste período de Natal, quando há uma grande circulação de dinheiro pelas cidades.
Mas o Graesp também atua em outras missões, como resgates, salvamentos e transportes aero-médicos de pacientes, além de toda a parte de aviação executiva do Governo do Estado. “O Pará é um dos poucos Estados do Brasil que tem centralizada em um único órgão, que é o Graesp, toda a aviação do Estado, seja no que diz respeito à segurança pública, defesa civil ou aviação executiva. Para nós é uma grande satisfação poder receber as escolas e mostrar um pouco da nossa rotina”, ressaltou.
A professora da Escola Aldebaro Klautau, Rutilene Borges, que atua diretamente no Atendimento Educacional Especializado (AEE), relatou que esse sistema acompanha, na escola, alunos com deficiências múltiplas, intelectuais, auditivas, com síndrome de Down e autistas, entre outros. “Para eles, sair do espaço escolar e poder conhecer um ambiente novo é, acima de tudo, um momento de lazer e aprendizado”, resumiu.
A diretora da unidade, Rosiana Garcia, que também acompanhou a atividade, contou que muitos desses alunos nunca tinham visto um avião ou um helicóptero de perto e que, por isso, a visita estava sendo esperada com muita ansiedade por todos. “Eles estão muito animados com a possibilidade de conhecer um outro ambiente e ter novas experiências”, pontuou.
A pedagoga Eliane Galvão fez questão de levar o filho Lucas Raphael, que tem síndrome de Down e faz acompanhamento psicopedagógico na escola, para o passeio. “Sem dúvida, é um momento de colocar essas crianças em espaços onde talvez elas não tivessem a oportunidade de estar, além do que todos têm muita curiosidade de conhecer o trabalho das forças de segurança e ver como funciona o espaço aéreo”, detalhou.
A mesma opinião tem a dona de casa e estudante Maria de Nazaré Cruz, mãe do aluno Joarle César, de 15 anos, que cursa o 9º ano do Ensino Fundamental na Aldebaro Klautau. “O meu filho teve uma paralisia cerebral no momento do nascimento e as sequelas foram principalmente na parte da coordenação motora. Nós viemos do interior para que ele pudesse fazer um tratamento melhor e hoje vemos o quanto ele evoluiu. É atleta da bocha, faz dança em cadeira de rodas e, embora tenha as limitações dele, não abre mão dessas oportunidades. E se o filho está feliz, a mãe está feliz também”, frisou.
Além do passeio, os alunos também receberam presentes de Natal e apresentaram alguns trabalhos que eles mesmos produziram ao longo do ano, durante as sessões de AEE.