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Conferência da Uepa aborda os aspectos da enfermagem na Amazônia

Por Redação - Agência PA (SECOM)
12/05/2015 16h28

Com o tema A Trajetória de Vanguarda da Enfermagem no Cenário Nacional e Amazônico, a conferência ministrada pela professora doutora Laura Nogueira foi o destaque do segundo dia da programação em comemoração aos 70 anos da Escola de Enfermagem Magalhães Barata (EEMB), da Universidade do Estado do Pará (Uepa).

A conferência abordou os aspectos históricos da prática da enfermagem na Amazônia e no Brasil, além de mostrar como se deu a criação da Escola de Enfermagem. O início da trajetória da EEMB se deu na década 40. Nessa época, em especial na Amazônia, os índices de doenças como malária e varíola eram muito elevados, o que dificultava, por exemplo, a vinda de grandes projetos e de investimentos internacionais.

Tendo em vista este contexto e a necessidade de erradicar as doenças epidemiológicas na Amazônia, o diretor do Departamento Nacional de Saúde, João de Barros Barreto, e o diretor do Departamento Estadual da Saúde do Pará, Waldir Bouhid, criaram em 1944 a Escola de Enfermagem do Pará. “O objetivo inicial era o combate às doenças epistemológicas do Pará e a melhoria do atendimento a população”, contou a professora Laura Nogueira.

Desde a criação, a Escola de Enfermagem se consolidou como referência no Estado, seja na assistência, na educação e na gestão em saúde. No campo da assistência estão o combate a doenças como a cólera, varíola, dengue e diarreia infantil, assim como a promoção e recuperação da saúde em casos de doenças como a tuberculose, malária e hanseníase.

No campo da gestão, a EEMB era a responsável na década de 50 pelo extinto Hospital dos Marítimos, na década de 60 pelo Hospital dos Servidores do Pará e na década de 80 foi responsável pelos Programas de Atendimento Comunitário de Saúde (PACs).

“Cuidar da gestão dessas instituições é um reconhecimento pela formação dos enfermeiros, pois era o único curso que tinha em seu currículo os aspectos da gestão em saúde”, ressaltou Laura Nogueira. A escola também tem ações de educação para o controle e prevenção da diabetes e da hipertensão.

Ao final da conferência, a doutora Laura Nogueira ressaltou que a Uepa tem como desafio fazer a expansão do ensino da enfermagem para outras localidades do Pará para formar profissionais qualificados que possam atender as demandas específicas da sua realidade. “Outro desafio é sair da sala de aula, ir ao encontro das pessoas, saber de suas necessidades e construir conhecimento”, disse.

Ainda no segundo dia de atividades foram ministrados dois minicursos: Suporte Básico de Vida e Metodologia de Trabalhos Científicos. O estudante do sexto semestre do curso de Enfermagem Erlon de Andrade disse que a semana “vai possibilitar o reforço de conhecimentos além de mostrar outros temas que ainda vamos estudar”. O aluno também ressaltou que “é um momento de integração entre os estudantes de outros semestres”.

As atividades em comemoração aos 70 anos da Escola de Enfermagem Magalhães Barata seguem até domingo, 17.  Na quarta-feira, 13, às 14h, ocorre uma audiência pública no auditório da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) para homenagear a instituição. A Alepa fica na Rua do Aveiro, 130, na Praça Dom Pedro II, no bairro da Cidade Velha, em Belém.