Prodepa debate a importância da computação em nuvem para a administração pública estadual
Gestores de Tecnologia da Informação (TI) de diversos órgãos estaduais participaram, na manhã desta quinta-feira, 14, do evento “Nuvem privada do Governo do Estado”, realizado no auditório da Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Pará (Prodepa), com o objetivo de demonstrar aos gestores de TI como a computação em nuvem pode reduzir os custos com tecnologia, entregando eficiência operacional com menor investimento em infraestrutura e maior agilidade.
A computação em nuvem é apontada como uma área de grande reflexão no governo em relação à tecnologia. O diretor de Tecnologia e Comunicação da Prodepa, Fernando Nunes, defende que esta tecnologia apresenta uma oportunidade nova de compartilhar informações dentro do próprio governo. “Os órgãos dos poderes Legislativo, Judiciário e Executivo devem compartilhar recursos, aproveitando a infraestrutura de rede da Prodepa na Região Metropolitana de Belém, que tem em torno de 250 quilômetros de fibra óptica interligando todos as sedes dos principais órgãos executivos. Esse é o primeiro evento que estamos promovendo sobre computação em nuvem, com a finalidade de otimizar os recursos públicos”, afirma.
Segundo Fernando, essa iniciativa da Prodepa é pioneira no Brasil. O diferencial que o governo do Pará tem em relação aos outros governos está na infraestrutura de telecomunicações existente. “Nós temos hoje, na RMB, em torno de 250 quilômetros de fibra óptica, além do linhão da Eletronorte, conectado a Santarém (a mil quilômetros de distância), Altamira, Marabá e Castanhal. Tudo isso garante um diferencial à Prodepa para implementar a nuvem, já que a telecomunicação em alta velocidade é condição sine qua non para a existência da computação em nuvem”, revela.
Entre as vantagens da computação em nuvem estão a possibilidade de utilizar softwares sem que estes estejam instalados no computador; o trabalho corporativo e o compartilhamento de arquivos se tornam mais fáceis, já que todas as informações se encontram no mesmo lugar, ou seja, na "nuvem"; os softwares e os dados podem ser acessados em qualquer lugar, basta apenas que haja acesso à Internet; a infraestrutura necessária para uma solução de computação em nuvem é bem mais enxuta do que uma solução tradicional de hospedagem, consumindo menos energia, refrigeração e espaço físico.
Durante a palestra “A importância da computação em nuvem para a administração pública estadual”, o especialista Marcelo Faustino explicou a diferença entre nuvem privada e nuvem pública. As nuvens privadas são aquelas construídas exclusivamente para um único usuário. A infraestrutura utilizada pertence ao usuário, e, portanto, ele possui total controle sobre como as aplicações são implementadas na nuvem. Uma nuvem privada é, em geral, construída sobre um data center privado.
De acordo com Marcelo, nas nuvens públicas as aplicações de diversos usuários ficam misturadas nos sistemas de armazenamento. A existência de outras aplicações sendo executadas na mesma nuvem permanece transparente tanto para os prestadores de serviços como para os usuários. “A principal diferença é do ponto de vista da segurança. No caso do governo do Estado, esta nuvem privada tem muito mais garantia de disponibilidade, principalmente no que diz respeito ao sigilo e controle de acesso”, declara.
Os estudos para a implantação da nuvem já começaram. “Começamos a fazer a prova de conceito com um produto de um dos fabricantes e, vamos testar mais outros dois. A ideia é que consigamos apresentar esta nuvem até o final do ano para os órgãos públicos. Temos seis meses para fazer a prospecção, os estudos (que já começaram) e adequar o que for preciso para começar a fornecer a computação em nuvem para o governo do Estado, para a área pública, a partir de 2016”, informa o diretor.