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Sectet e UFPA firmam parceria para pesquisa de fármaco com propriedades neurogênicas

Por Redação - Agência PA (SECOM)
18/05/2015 11h22

Uma das grandes buscas da indústria farmacêutica mundial atualmente é pelo desenvolvimento de drogas capazes de induzir a regeneração de neurônios, o que, muito em breve, poderá se tornar realidade no Pará. É este o objetivo do acordo de cooperação celebrado entre a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Técnica e Tecnológica (Sectet) e a Universidade Federal do Pará (UFPA), com vistas a apoiar pesquisas focadas no desenvolvimento de um fármaco derivado da Physalis angulata, herbácea característica da Amazônia que produz um fruto amarelo, conhecido como camapu, amplamente conhecido na região.

Estudos desenvolvidos desde 2011 pelo Grupo de Pesquisa em Química de Produtos Naturais e pelo Grupo de Pesquisa em Bioprospecção de Moléculas Ativas da Flora Amazônica, da UFPA, revelaram que certas substâncias produzidas pela planta do camapu apresentam propriedades neurogênicas, ou seja, estimulam o crescimento dos neurônios. Para poder viabilizar o aproveitamento das moléculas, a Sectet e a UFPA estabeleceram parceria e passarão a compartilhar todos os direitos patrimoniais e de propriedade industrial relativos às substâncias pesquisadas e desenvolvidas. Na prática, significa dizer que, futuramente, todo o lucro obtido com o desenvolvimento e comercialização do fármaco junto à indústria será compartilhado entre as duas instituições.

Entre outras coisas, o acordo coloca a Sectet como responsável por financiar os processos de obtenção e manutenção de patentes no Brasil e no exterior e tornar possível o desenvolvimento, em escala industrial, do biofármaco capaz de ser usado no tratamento de doenças neurológicas, como o Alzheimer e a depressão. “Queremos viabilizar a produção e a comercialização do medicamento por meio da parceria com a indústria farmacêutica e da implantação do laboratório farmacêutico ParaFarma, que será uma empresa pública capaz de desenvolver fármacos originários da biodiversidade amazônica, com transferência de tecnologia e geração de emprego e renda para nosso estado”, conclui o secretário Alex Fiúza de Mello.