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Na RMB, 84% das escolas estaduais estão em funcionamento

Por Redação - Agência PA (SECOM)
19/05/2015 15h52

Aos poucos as aulas se normalizam para os estudantes da rede pública estadual, após ações tomadas pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Educação (Seduc). Enquanto a greve dos professores não acaba, as escolas estão convocando os alunos para voltarem à rotina estudantil com os docentes substitutos e a retomada dos professores efetivos. Um levantamento feito ontem pelos técnicos da Seduc garante que das 347 escolas da Região Metropolitana de Belém (RMB), 294 estão funcionando normal ou parcialmente, o que representa 84,71%.

“Eu vim em um dia e no outro já era greve. Só voltamos agora, na semana passada, com os professores substitutos. A gente fica até cabisbaixo, a vontade diminui, mas a gente quer estudar. Sei que eles têm direitos, mas não deviam nos prejudicar. É preciso bom senso”, acredita a estudante Dayeny Pantoja, da Escola Estadual Paes de Carvalho.

São 177 escolas que estão funcionando normalmente e 117 parcialmente. Apenas 53 escolas permanecem paralisadas, na RMB. No interior do Estado, onde existem 596 unidades educacionais, 77,17% funcionam total ou parcialmente. São 364 unidades funcionando com as atividades normais, 96 em regime parcial e 136 as escolas que permanecem sem aulas.

Alívio - No Conjunto Marex, onde funciona a Escola Estadual Dom Pedro I, uma reunião interna entre os professores optou regularizar as aulas. “Aqui o 3º ano não parou nenhum dia, já as outras turmas só voltaram recentemente após os professores se reunirem e resolverem voltar”, relata o assistente administrativo, Ricardo Ribeiro.

“Eu estava vindo todo dia para cá na esperança de que tivesse aula, a gente já perdeu muito assunto”, diz Josué Gonçalves, estudante do 2º ano. Para a colega de classe, Paula Amanajás, voltar às aulas é voltar a preparação para os processos seletivos. “Um mês e meio sem aula é muito. A sensação agora é de alívio, vamos estudar para o Prise (Uepa) agora”, conta.

Na Escola Santa Maria de Belém, no bairro de Batista Campos, as aulas também já estão parcialmente normalizadas. “Aqui pararam desde o início da greve, mas no dia 11 percebemos o retorno de uma parte dos nossos professores e junto com eles muitos alunos. Temos aproximadamente 15 professores efetivos já lecionando e três substitutos, mas estamos funcionando”, afirma a coordenadora técnica, Alzira Carvalho.

São Brás e Guamá - Escolas que estavam totalmente paradas já começam a funcionar e a comunidade escolar pede o apoio do restante dos alunos para que retornem às salas de aula. Segundo levantamento da 7ª Unidade da Seduc na Escola (USE 7), oito escolas localizadas nos bairros de São Brás e Guamá já estão com atividades normais. São elas: Lar de Maria, Bento XVI, Nossa Senhora das Graças, Rosa Gatorno, Bira Barbosa, Luiz Otávio Pereira, Madre Zarife Sales e Santos Dumond. Já as escolas Augusto Meira, Paulo Maranhão, Barão do Igarapé-Miri e Alexandre Zacarias de Assunção, estão funcionando com professores contratados e efetivos.

Segundo a gestora da USE 7, Carmen Lúcia Souza, é crescente o aumento no número de professores e alunos que retomam as aulas todos os dias. Só na escola Augusto Meire quinze professores efetivos já retornaram às atividades nesta semana. “Foi importante a parceria com a comunidade, diretores, professores e pais de alunos. Falamos da necessidade de priorizar as aulas por conta das avaliações que os alunos terão no segundo semestre, como a Prova Brasil e o Sispae”, disse ela.

Na entrada da escola Barão de Igarapé Miri, no Guamá, já era possível ver muitos alunos aguardando a abertura do portão para mais um dia de aula na tarde desta terça-feira, 19. Uma delas é Fabíola Lima, de 13 anos. A estudante do 6º ano do ensino fundamental conta que já estava ansiosa para voltar às aulas. “Todos os dias eu lia e relia o conteúdo do meu caderno e ficava imaginando as páginas em branco todas preenchidas de matérias”, comentou. Rosely Guimarães, a mãe de Fabíola, foi quem levou a jovem para a porta da escola para verificar se as aulas realmente começaram. “Eu já não aguentava mais ver minha filha sem aulas. A minha preocupação é que no final do ano ela pode não passar”, disse.

Bem ao lado, os alunos da escola Alexandre Zacarias de Assunção também esperavam a abertura do portão. Janderson Araújo, 17 anos, e Everton Silva, de 15 anos são colegas do 1º ano do ensino fundamental e se ressentem com o tempo que perderam que, segundo eles, poderia ter sido aproveitado na preparação para o Exame Nacional de Ensino Médio (ENEM). “Quando estava sem aulas, fiquei estudando em casa mesmo”, comentou Everton. Segundo a diretora, Ana Cristina Carneiro, a escola já está funcionando com nove professores contratados e sete efetivos. Enquanto as aulas não normalizam, os alunos do 3º ano recebem reforço para o Enem. Os outros alunos da escola fazem revisão para tirar as dúvidas sobre as dificuldades relacionadas às disciplinas do 1º e 2º anos do ensino médio.

A escola XV de Novembro, que funcionou no primeiro mês da greve com um pequeno quantitativo de professores, já está funcionando normalmente com o retorno dos 25 professores efetivos.

Use 3 – Das 20 escolas da 3ª Unidade Seduc na Escola (Use 3) 15 já voltaram a funcionar normalmente, incluindo as escolas Rui Barbosa, Marluce Pacheco Ferreira, Benedito Chaves Mendes Seara, Vila Nova Carvalho, São Pio X, José Alvares de Azevedo, Paes de Carvalho, Rui Barbosa, Rui Barbosa (Anexo I), General Gurjão, Tiradentes I, Padre Benedito Chaves, Santa Maria de Belém e o Instituto de Educação do Estado do Pará (IEEP). Já na Use 4, 10 das 18 escolas que a integram já voltaram a funcionar normalmente. (Com informações de Julie Rocha - Secretaria de Estado de Educação)