Semas aponta redução no volume de chuvas a partir do fim de maio
A intensidade de chuvas na Região Metropolitana de Belém (RMB) tende a diminuir a partir do fim de maio e início de junho. A previsão é do Departamento de Meteorologia e Hidrologia da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas). Ainda assim, algumas cidades do oeste paraense permanecem em estado de alerta tanto pela intensidade do índice pluviométrico quanto pela cheia dos rios, que nessa época do ano sobe naturalmente.
A informação foi divulgada depois que muitos moradores demonstraram preocupação com a chuva que fez grande parte de Belém amanhecer debaixo d’água na última terça-feira. A chuva que caiu sobre a capital paraense no início da semana atingiu 60mm. A média esperada para todo o mês de maio é de 300mm o que deixa, apesar da intensidade, o fenômeno dentro da normalidade.
“Até esta quinta-feira, 21, as chuvas do mês de maio somam 310mm, o que cria uma previsão entre 30% e 40% acima do previsto para o período. Ainda assim, podemos considerar o índice pluviométrico dentro do esperado e também num percentual muito próximo do registrado no mesmo período do ano passado”, explica o diretor de Meteorologia e Hidrologia da Semas, Antônio Souza.
O especialista deixa claro, ainda, que a Região Metropolitana de Belém não tem – diferente do sul e sudeste paraense, por exemplo – longos períodos sem chuvas. “Aqui temos um período com chuvas sequências e outro com chuvas menos sequenciais, mas temos água sempre”, ressalva. Em Marabá e região, as secas já começam a surgir, deixando o clima mais quente e seco.
A partir de agora, a tendência é que as chuvas em Belém e adjacências permaneçam caindo no mesmo horário, entre o fim da tarde e início da noite. A possibilidade de que ela venha de forma intensa é grande, mas dificilmente será duradoura como a desta semana. “Ainda assim, não se pode descartar uma chuva como a do início da semana, que traz prejuízos e transtornos”, complementa.
Defesa Civil – O monitoramento feito pelo Departamento de Meteorologia e Hidrologia da Semas é usado também pela Defesa Civil do Pará, que mantém atenção especial nas regiões onde o nível dos rios permanece elevado e nas cidades onde já foram registrados desmoronamentos (Barcarena e Rondon do Pará).
A Defesa Civil faz ações preventivas em áreas específicas do Estado a partir das análises meteorológicas e hidrográficas apresentadas pela Semas. “Nos deslocamos a essas áreas e vemos a qual município pertencem. O ideal é que a administração municipal dê a primeira resposta em caso de incidente, mas caso haja necessidade, o Estado entra com um plano de contingência já elaborado e pronto para uso”, explica a major bombeira Alessandra Pinheiro, chefe da Divisão de Apoio Comunitário da Defesa Civil.
A grande preocupação é que hoje, dos 144 municípios paraenses, cerca de 90 têm Defesa Civil instalada, mas apenas uma média de 30, desse total, funciona efetivamente. Alessandra Pinneiro explica que a grande desvantagem de uma Defesa Civil sem estrutura, ou do município onde ainda não há esse tipo de órgão instalado, é a demora na primeira resposta, em caso de incidente. “Esse tempo resposta é fundamental para salvar vidas e minimizar prejuízos”, assinala.
A Defesa Civil reforça que mantém-se à disposição de todos os municípios paraenses com interesse em instalar ou estruturar defesas civis municipais. “Vamos até as cidades que nos acionam com uma equipe pronta para oferecer capacitação e qualificação de pessoal. Já na próxima semana, por exemplo, estaremos em Aveiro e Itaituba fazendo esse tipo de trabalho”, conclui Alessandra Pinheiro. O telefone da Defesa Civil para atendimentos aos municípios é (91) 4006-8387.