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Combate aos crimes no Pará também é feito pelos rios

Por Redação - Agência PA (SECOM)
09/06/2015 10h23

As estradas que ligam as diferentes regiões do território paraense cortam o Estado por terra e água. E é justamente pelos caminhos dos rios que o Grupamento Fluvial de Segurança Pública do Pará (GFLU) atua com um efetivo de oito policiais civis, 82 policiais militares e 53 militares do Corpo de Bombeiros para levar segurança tanto para quem mora nos leitos de braços, rios ou igarapés quanto para quem utiliza essas vias apenas para transporte ou lazer.

O Estado é coberto com 52 embarcações, mas a previsão é que esse número cresça já nos próximos anos, para quando está prevista a implantação de novas estruturas em municípios estratégicos de todas as regiões do Estado. Atualmente, as bases de operação da Companhia de Policiamento Fluvial estão concentradas nas cidades de Belém, Moju e Vigia. Abaetetuba, Barcarena e Antônio Lemos, no estreito de Breves, onde também funcionará uma Unidade Integrada Pro Paz (UIPP), serão as próximas a serem inauguradas.

Trata-se de um trabalho intenso e constante. "Sabemos da dimensão que possui o Estado e também desse caminho das águas, mas a segurança pública tem feito sua parte. No combate ao contrabando, por exemplo, atuamos em parceria com a Polícia Federal, para onde encaminhamos inquéritos instaurados de todas as atividades fraudulentas nessa área. Não aguardamos o mérito da ação. Agimos independentemente da questão burocrática”, explicou o delegado Dilermando Dantas Junior, diretor do Grupamento Fluvial de Segurança Pública do Pará.

Foi com base nessa parceria que as cidades de Vigia e Abaetetuba, por onde chegam 95% dos produtos contrabandeados ao Pará, conseguiram ser incluídas como território de fronteira. Suriname, Guiana Francesa e Colômbia estão entre as rotas de maior origem desse tipo de crime. Daí a importância da UIPP que será montada em Antônio Lemos, no estreito de Breves. A rota é uma das mais utilizadas por embarcações do todos os tipos entre esses locais e muitas cidades do Pará.

“Nossa ação é de inteligência e execução. O Grupamento Fluvial atua a partir de dados, estatísticas e estudos. Seja a partir de denúncias, seja pelas características descobertas a partir de fiscalizações de rotina”, revela o delegado Dilermando. Ele revela, ainda, que os crimes de pirataria e roubo de cargas são responsáveis pelo grosso das investigações e ocorrências registradas nos rios paraenses.

Apesar de intenso, o trabalho do Grupamento Fluvial tende a crescer. Uma proposta recente pretende mudar o regimento interno das forças de segurança pública para que a companhia ganhe ainda mais autonomia de atuação e agilidade na execução de cumprimentos de mandatos e ações de combate ao crime. Fora isso, o delegado Dilermando lembra que o bom e velho trabalho de denúncia continua sendo uma das melhores opções para aprimorar a ação das forças de segurança. “O número 181 é o principal canal de comunicação entre a população e a Polícia Fluvial. Com a participação da sociedade, os crimes praticados nos rios paraenses tem tudo para serem combatidos com mais precisão e agilidade”, conclui.