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MÚSICA DE CÂMERA

Villa-Lobos e Orquestra da Fundação Carlos Gomes em destaque no Fimupa

Por Redação - Agência PA (SECOM)
09/06/2015 10h57

O maestro e compositor brasileiro Heitor Villa-Lobos esteve entre os grandes homenageados na noite de ontem pela programação do 28º Festival Internacional de Música do Pará. As apresentações tiveram início na Igreja de Santo Alexandre, no bairro da Cidade Velha, onde o duo formado por Hugo Pilger (violoncelo) e Carla Rincón (violino) apresentou o concerto “Presença de Villa-Lobos na Música Brasileira para Violoncelo e Piano”. Em seguida, o premiado Quinteto Villa-Lobos, que em 2015 completou 53 anos de fundação, interpretou obras do músico carioca que passearam do erudito ao popular.

“Essa iniciativa é fundamental para apresentar a música à população. Muitas pessoas dizem que não gostam desse gênero. Mas não gostam porque não conhecem. Quanto mais eventos dessa natureza forem realizados no Brasil maior será a possibilidade de popularizarmos o estilo junto a um número maior de pessoas”, opinou o músico Luís Carlos Justi, que toca oboé no Quinteto Villa-Lobos. A opinião é compartilhada pelo estudante Ícaro Antônio, 15, que há um ano estuda violino. “Despertei meu interesse pela música a partir de uma apresentação que assisti aos oito anos”.

O violoncelista Hugo Pilger classifica o Festival Internacional de Música do Pará como um dos mais importantes realizados hoje no país. “Não apenas pelas apresentações, mas pela oportunidade que o evento dá aos profissionais da área e amantes do gênero de se atualizarem sobre o que acontece em outras partes do mundo, onde a música também passa por transformações”, explicou. A companheira dele na apresentação, a violinista Carla Rincón, declarou-se fã do Estado. “É uma terra maravilhosa, de pessoas alegres e acolhedoras. Sinto uma dupla satisfação quando venho aqui (no Pará), que é a de tocar violino e ao mesmo tempo passear por esse lugar maravilhoso”.

Da Paz – No Theatro da Paz, a expectativa maior era pela estreia da Orquestra Sinfônica da Fundação Carlos Gomes, criada este ano como parte das comemorações pelos 120 anos de implantação da terceira mais antiga escola de música do Brasil. “É uma responsabilidade imensa, mas que tem na formação de novos músicos e no futuro da música paraense a mola propulsora para superarmos qualquer dificuldade e fazermos um trabalho brilhante”, declarou o regente da orquestra, Ronaldo Sarmanho.

De volta a Belém, a soprano Adriane Queiroz destacou a emoção renovada em se apresentar mais uma vez no Theatro da Paz, local que ela também considera como sua “segunda casa”. Adriane é hoje uma das mais respeitadas sopranos do mundo. Reside na Alemanha, mas percorre vários países da Europa e das Américas levando o brilho de sua voz. Ex-aluna da Fundação Carlos Gomes, ela também festejou a criação da orquestra e a devida importância que o governo do Estado tem dado para a instituição.

“Soube que recentemente ela (Fundação Carlos Gomes) foi totalmente reformada e acho isso fantástico, porque tanto quanto formar músicos, a fundação tem um papel social importante, que é o de tirar crianças e adolescentes das ruas. Eu vim de um bairro de periferia e sei o quanto esse tipo de trabalho é importante para combater, entre outras coisas, a proliferação das drogas e o aumento da violência”, destacou Adriane, que cresceu no bairro da Terra Firme, periferia de Belém.

Este ano, o Festival Internacional de Música do Pará celebra os 120 anos da Fundação Carlos Gomes, batizada assim em homenagem ao músico paulista homônimo, que foi também o primeiro diretor do então Conservatório de Música de Belém, criado em 1895. “Estamos felizes pela realização desse evento, pelo que ele representa para nós e pela importância que tem a Fundação na vida de tantas pessoas”, declarou Paulo José Campos de Melo, presidente da FCG. A programação completa do evento para esta terça-feira pode ser acessada pelo link http://fimupa.com.br/.